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Novidades do Pagodinho

Chama-se 'Vida da minha vida' o 21º disco de Zeca Pagodinho, dedicado à madrinha, Beth Carvalho. Com produção de Rildo Hora, o repertório traz inéditas de Toninho Geraes e Nelson Rufino, entre outros. A música que dá nome ao CD, parceria de Moacyr Luz e Sereno, já havia sido gravado no último trabalho de Luz, com a participação do sambista. Zeca resgata um sucesso da década de 1970, ‘Poxa’, de Gilson de Souza. Alcione e Dona Ivone Lara são as convidadas especiais do álbum que sairá em setembro. Comenta-se que este será o último trabalho do samba na gravadora Universal. O sambista foi indicado em duas categorias na 21ª edição do Prêmio da Música Brasileira que este ano homenageará Dona Ivone Lara: melhor cantor pelo CD ‘Uma prova de amor’ na categoria samba e melhor cantor na categoria popular. Zeca também está no páreo do 17º Prêmio Multishow 2010 disputando o título de melhor cantor.

Ares brasileiros na Ilha de Capri

Imortalizada por filmes como 'O sol por testemunha' ou sua versão hollywoodiana 'O talentoso Ripley', a Ilha de Capri recebe 2 milhões de visitantes por ano procuram essa pérola do Mar Mediterrâneo. Pois é neste lugar paradisíaco que acontece de hoje até o dia 24 de julho na cidade de Anacapri o projeto Vento do Mar - pontapé inicial dos eventos que marcarão 2011 como o Ano do Brasil na Itália . O evento é realizado através da Associação Ítalo-brasileira Brasil Memórias , idealizada por Giani Ciuffini. Fafá de Belém e Leila Pinheiro participarão com shows em homenagem a Chico Buarque e Tom Jobim respectivamente. Giani sonha em trazer o Vento do Mar para o Rio de Janeiro no próximo ano, ampliando a ligação cultural entre os países, fomentada em décadas passadas por artistas como Chico, Tom, Baden Powell e Vinicius de Moraes, entre outros. Abertura do Evento: 19/07 - Cinema - Orfeo Negro, de Marcel Camus, vencedor do prêmio Oscar e da Palma de Ouro no Festival de Ca...

A voz de uma pessoa vitoriosa

Na busca por eventuais consumidores as gravadoras apostam suas (últimas?) fichas em seus valiosos baús. A preciosidade da vez é o CD 'Sabiá Marrom - O samba raro de Alcione ' que traz à tona fonogramas esquecidos da cantora, numa bela garimpagem do jornalista Rodrigo Faour . As 20 faixas trazem sobras inéditas de discos de carreiras, gravações feitas para compactos e coletâneas quase desconhecidas. O lançamento revive também a MPB setentista . O samba que se ouve é pré-Cacique de Ramos e o partido de Fundo de Quintal que reformatou o ritmo na década seguinte. Faixas como a irreverente 'Não suje o meu caixão' (Garrafão/ Panela), sobra do primeiro LP 'A voz do samba' (1975) e 'Tem dendê ' ( Reginaldo Bessa/ Nei Lopes), lançada em compacto (1973) mostram a valorização do batuque, com destaque para a cuíca . Outra composição da dupla Bessa/Lopes, 'Figa de guiné ', marca, ao lado de 'O sonho acabou' (Gilberto Gil) a estreia fonográfica ...

Cadê a MPB?

Há dez anos fiz parte da equipe que criou a rádio MPB FM. Às vésperas da rádio entrar no ar, saíamos de madrugada em busca de CDs em supermercados 24horas para aumentar a discoteca. Meus próprios discos invariavelmente iam e voltavam e, assim, a programação musical tomava forma. Era um sonho fazer uma rádio que tocasse exclusivamente música popular brasileira. Leny Andrade, Fafá de Belém, Joanna, Fátima Guedes, Danilo Caymmi, Tunai e Alcione faziam parte da programação ao lado de Zélia Duncan, Cássia Eller, Adriana Calcanhotto, Caetano, Djavan e Bethânia. A rádio que hoje está no ar com o pretensioso slogan 'MPB é tudo' passa longe daquela de 2000. Querendo se mostrar democrática, misturando Fábio Jr., Roberto Carlos e Carmen Miranda, a programação é confusa, incoerente. De que adianta ouvir uma ou outra canção de Nelson Cavaquinho e Cartola (grandes compositores, mas não excelentes cantores) se os melhores intérpretes pouco aparecem? Não se ouve os últimos trabalhos de Gal Cos...

Paula Lima exagera na interação com público.

Presença rara nos palcos cariocas, Paula Lima se apresentou na noite desta quinta-feira (18 de março) para um Canecão bem vazio. Surgida no início da década como vocalista do grupo Funk Como Le Gusta, a cantora trouxe para o Rio o show 'Samba Chic', com o repertório do DVD homônimo gravado em 2008. 'Quero ver você no baile' (Seu Jorge/ Gabriel Moura) iniciou o que poderia ter sido uma noite de muito suingue e balanço, mas o show não resistiu a falação excessiva da artista em cena. Talvez tentando valorizar a presença do pequeno público, Paula resolveu interagir (excessivamente) com a plateia: Um interminável monólogo precedeu 'É isso aí' (Sidney Miller). Excessivos também são os maneirismos da cantora, que prolonga notas e se descuida da emissão vocal, tornando inaudível boa parte das letras. O entrosamento da cantora com a boa banda impediu que a noite fosse mais desastrosa, apesar de alguns arranjos equivocados, como o de 'Tirou Onda' (Acyr Marques/...

Depois que o visual virou quesito...

Finalmente, para a alegria daqueles que adoram 'novidades', Paulo Barros ganhou um Carnaval pela Unidos da Tijuca. Depois de carros alegóricos como DNA, ETs, vampiros, etc.., o carnavalesco que quer recriar o desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, convocou a 'Liga da Justiça' para derrotar o sambista, este ser do século passado que ainda teima em querer participar do Carnaval carioca. Nada incomum numa época em que o público está mais interessado em ver celebridades passando pela Avenida, do que com o próprio samba - cada vez mais relegado ao segundo plano. Então tome Batmans, Homens Aranhas, Dick Tracys e muitos outros personagens americanos que ficariam melhor em algum musical da dupla Charles Moeller e Cláudio Botelho - outros dois cultuadores da estética norte-americana. O desfile proposto por Paulo Barros prescinde do samba de enredo: ele pode acontecer com qualquer outro ritmo, mesmo estrangeiro. Quando Ismael Silva fundou a 'Deixa Falar', e...

Bethânia em tempo de delicadeza

Apesar da fama construída (em parte) pela alta carga dramática de suas apresentações, Maria Bethânia deixou de lado os excessos em ‘Amor, Festa, Devoção’, seu novo show que teve estréia nacional no dia 23 de outubro, no Canecão. Baseado no repertório dos dois álbuns recém-lançados,  ‘Encanteria ’  e  ‘Tua ’, o espetáculo remete a um amoroso Brasil caboclo, “que pode desaparecer ao ser substituído por um progresso vazio”, disse a baiana de Santo Amaro da Purificação. Ela optou por tons mais baixos para cantar o amor que, se já foi arrebatador, hoje se mostra maduro e contido, em novas canções como ‘É o amor outra vez’ (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro) e ‘Tua’ (Adriana Calcanhotto) e mesmo em sucessos alheios, inéditos até então na sua voz, como ‘Queixa’ e ‘Dama do Cassino’, ambas de Caetano Veloso, a última prejudicada pela insegurança da intérprete com o hábil jogo de palavras composto pelo irmão. A ‘festa’ e ‘devoção’ se impõem na primeira metade do show, quando...