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Mostrando postagens com o rótulo Zeca Pagodinho

Zeca Pagodinho mantém o samba em seu quintal

  ‘Ser humano’, novo álbum de Zeca Pagodinho, mantém o padrão de qualidade habitual na obra do sambista. Novamente sob a batuta do produtor e maestro Rildo Hora, Zeca se cercou de compositores assíduos em seus discos, como Nelson Rufino, Zé Roberto, Barbeirinho do Jacarezinho e Monarco. A impecável cozinha rítmica é formada por Paulão 7 Cordas (violão), Mauro Diniz (cavaco), Dirceu Leite (sopros), Henrique Cazes (cavaquinho), Alfredo Galhões (piano), Marcos Esguleba (pandeiro, caixa, tamborim), Bira Presidente (pandeiro), Ubirany (caixinha, repique de mão), Beloba (pandeiro, caixa, tantã, tamborim), Gordinho (surdo) e Trambique (repique de anel, caixa, tamborim), entre outros músicos igualmente brilhantes. O repertório segue a receita que fez de Pagodinho um ídolo nacional a partir de sua estreia na gravadora Universal Music, em 1995, com o renovador ‘Samba pras moças’. O sambista boa praça, que não esquece suas origens, é a inspiração da faixa-título composta por Claudemir, Mar...

Sambabook Zeca Pagodinho é o melhor título da série

Terceiro título da série idealizada e produzida pela Musickeria, distribuído pela Universal Music, o ‘Sambabook Zeca Pagodinho’ reúne composições pouco conhecidas e sucessos do sambista carioca nas vozes de artistas de diferentes latitudes. Editado simultaneamente em dois CDs, DVD e Blu-ray, o ‘Sambabook Zeca Pagodinho’ apresenta a melhor solução para o registro audiovisual entre os três volumes da série, ao colocar os convidados cantando à vera, numa grande sala de ensaio, na Cidade da Música, Barra da Tijuca (RJ). A efetiva e engraçada participação de Zeca, que conta causos sobre uma música e outra, também contribui para o bom resultado final. A direção musical desta vez ficou a cargo de Paulão 7 Cordas. Gilberto Gil não vai além da reverência em ‘Não sou mais disso’ (Jorge Aragão/ Zeca Pagodinho, 1996), enquanto um descontraído Djavan se sai bem melhor em ‘Judia de mim’ (Wilson Moreira/ Zeca Pagodinho, 1986). Roberta Sá canta com correção ‘Mutirão de amor’ (Sombrinha/ Jorge Ara...

Ney Matogrosso e Jussara Silveira se destacam em 2013

Em 2013 as paradas de sucesso foram dominadas pela tríade sertanejo-pagode-funk, não por acaso gêneros musicais que passam por notória simbiose. O estilo de interpretação oriundo do gospel norte-americano virou modelo ideal entre os candidatos ao estrelato musical e a indústria fonográfica remanescente repetiu a receita dos manjados projetos caça-níqueis travestidos de homenagem. Em outra ponta foram lançados incontáveis CDs de nomes da chamada cena indie , impulsionados pelas facilidades das tecnologias atuais, principalmente a internet. Dani Black, Toni Ferreira e Tulipa Ruiz, promissores representantes da nova geração notadamente influenciada pela MPB, conquistaram mais visibilidade. Meses antes da realeza da mesma MPB ter seu brilho embaçado por um inacreditável flerte com a velha e temível censura, Ney Matogrosso estreou ‘Atento aos sinais’, impactante espetáculo no qual mirou a produção de alguns dos novos nomes da cena musical brasileira e, de quebra pescou ‘Roendo as unha...

Pagodinho festeja três décadas de bons serviços prestados ao samba

Para comemorar os trinta anos de carreira, contados a partir da participação no disco ‘Suor no rosto’, de Beth Carvalho, Zeca Pagodinho deixou de lado a ideia de rever sua obra – como ‘Camarão que dorme a onda leva’, parceria com Arlindo Cruz e Beto Sem Braço, gravada em dueto com a madrinha Beth, em 1983. O sambista resolveu dar voz a antigos clássicos no CD/ DVD ‘ Multishow ao Vivo — 30 anos — Vida que segue’. A impecável produção assinada por Max Pierre (áudio) e Joana Mazzucchelli (vídeo) lançada pela gravadora Universal Music impressiona. O time de convidados especiais e a bonita cenografia assinada por May Martins contribuem para a beleza do projeto que mantém o artista em sua zona de conforto. Embora tenha momentos inspirados, como ‘Gosto que me enrosco’ (Sinhô, 1929), número que conta com a participação especial dos virtuoses Yamandú Costa (violão 7 cordas) e Hamilton de Holanda (bandolim), ‘Mascarada’ (Zé Keti/ Elton Medeiros, 1965) e ‘Só o ôme’ (Edenal Rodrigues, 1968...

Mariene de Castro canta e samba pra valer

Após o consagrador show de lançamento do CD ‘Tabaroinha’, realizado em março de 2012, Mariene de Castro voltou a pisar no palco do Teatro Rival (RJ) na noite de sexta-feira, 14 de setembro (com outro show hoje, sábado), “pra cantar, pra sambar pra valer”. Único momento em que a baiana baixou os tons altos que permearam sua apresentação, a clássica ‘Eu vim da Bahia’ (Gilberto Gil) foi bela novidade do roteiro. Surpresa da primeira noite do show, o sambista Zeca Pagodinho encarou problemas técnicos no som de seu microfone e a potência vocal de Mariene durante o sucesso ‘Ogum’ (Claudemir/ Marquinhos PQD). Não é fácil acompanhar a vibrante artista. ‘Guerreira’ (João Nogueira/ Paulo César Pinheiro) foi cantada após Mariene anunciar a gravação do seu segundo DVD, dedicado à obra de Clara Nunes. O magnetismo e a autenticidade da cantora abalizam o projeto, embora as mesmas qualidades também reafirmem a beleza de seu canto, que não precisa de filtros e facilitadores para chegar ao gran...

Quintal do Pagodinho: repetindo sucessos

Chamam-se ‘paus de sebo’ os discos que reúnem nomes ainda desconhecidos, apostas de sucesso de alguma gravadora. Um dos mais famosos exemplares, ‘Raça brasileira’ (gravadora RGE), foi lançado em 1985 e apresentou ao público Mauro Diniz, Pedrinho da Flor, Jovelina Pérola Negra e Zeca Pagodinho, entre outros. Em 2001, o já consagrado Zeca difundiu uma coletânea de compositores mais ou menos ignorados mostrando suas composições inéditas.  A primeira edição de ‘Zeca apresenta Quintal do Pagodinho’, gravado ao vivo em Xerém, trouxe quinze dos autores favoritos do sambista, recorrentes em seus discos. Onze anos depois chega às lojas a segunda edição do projeto nas versões CD e DVD sem o frescor da original. O padrão de qualidade – leia-se produção musical de Rildo Hora – permaneceu inalterado. Por sua vez, o bem-vindo ineditismo deu lugar a sucessos pra lá de batidos. Assim, durante as dezesseis faixas do CD (ou as vinte e quatro do DVD), o ouvinte pode ter sua atenção desviada...

O samba maduro de Zeca

“Pra fazer um samba com beleza é preciso um bocado de tristeza, senão não se faz um samba, não” dizia Vinicius de Moraes. Tristeza pode não ser o sentimento exato, mas certa dose de melancolia já presente em ‘Uma prova de amor’, CD lançado por Zeca Pagodinho em 2008, mostra a cara sem cerimônias em ‘Vida da minha vida’ (Universal Music), vigésimo - primeiro disco do sambista, dedicado à madrinha Beth Carvalho. A voz mais grave, conseguida nas madrugadas da vida, desce redonda como cerveja gelada no repertório onde uma ou outra concessão à receita do (fácil) sucesso radiofônico, caso de ‘O puxa-saco’ (Alamir/ Roberto Lopes/ Levy Vianna) e ‘O garanhão’ (Zé Roberto), não embaçam o ótimo repertório. Pinçada do CD ‘Batucando’ lançado por Moacyr Luz em 2009, a faixa-título teve sua beleza realçada por Zeca que já havia participado da gravação original da parceria de Luz e Sereno. Pagodinho foi feliz no resgate de ‘Poxa’, (único) sucesso de Gilson de Souza em 1975 e, não por acaso, a mús...

Novidades do Pagodinho

Chama-se 'Vida da minha vida' o 21º disco de Zeca Pagodinho, dedicado à madrinha, Beth Carvalho. Com produção de Rildo Hora, o repertório traz inéditas de Toninho Geraes e Nelson Rufino, entre outros. A música que dá nome ao CD, parceria de Moacyr Luz e Sereno, já havia sido gravado no último trabalho de Luz, com a participação do sambista. Zeca resgata um sucesso da década de 1970, ‘Poxa’, de Gilson de Souza. Alcione e Dona Ivone Lara são as convidadas especiais do álbum que sairá em setembro. Comenta-se que este será o último trabalho do samba na gravadora Universal. O sambista foi indicado em duas categorias na 21ª edição do Prêmio da Música Brasileira que este ano homenageará Dona Ivone Lara: melhor cantor pelo CD ‘Uma prova de amor’ na categoria samba e melhor cantor na categoria popular. Zeca também está no páreo do 17º Prêmio Multishow 2010 disputando o título de melhor cantor.

Deixa a Vida Me Levar

Andando pelas quebradas dessa vida — e sendo levado por ela — eis que o malandro chega aos 50 anos. Jessé Gomes da Silva Filho, o Zeca Pagodinho (na foto, crédito: Adriana Lins/ Henrique Pontual), nasceu no dia 4 de fevereiro de 1959, pelas mãos de uma parteira, no subúrbio de Irajá. Cedo trocou as salas de aula pelas rodas de samba e ralou como feirante, camelô e anotador de jogo do bicho até ser descoberto nas rodas do Cacique de Ramos. “Quando era novo, uma pessoa com 50 anos era considerada velha. Hoje, nessa idade, as pessoas estão se casando de novo, fazendo filho, é outra história”, diz Zeca, que sai hoje da clínica São José, onde está desde a semana passada por causa de uma pneumonia. “Se ficasse em casa acabaria tomando uma gelada, aqui me trato direito. Quero sair daqui tinindo”, diz ele, que cura também uma bronquite. Foi na juventude que o futuro Pagodinho (o apelido veio da ‘ala do pagodinho’, onde desfilava no bloco Bohêmios de Irajá) se tornou amigo de Mauro Diniz, Almir...

Os Amores de Zeca

Depois de recriar, com sucesso, o clima das noites cariocas dos anos 40 e 50, Zeca Pagodinho aposta em inéditas em seu novo disco, ‘Uma Prova de Amor’, que sai no fim do mês. O clima das gravações do sambista mais popular do País foi marcado por muita emoção. O CD é dedicado à amiga Regina Casé, como noticiou o colunista de O DIA Bruno Astuto. A atriz foi presença constante nos estúdios. “Ela cantou versos de ‘Uma Prova de Amor’ para o pai (o diretor Geraldo Casé, morto em julho), quando ele estava internado, e ele gostou. Pensamos em mandar a música, mas infelizmente não deu tempo”, conta Rildo Hora, produtor de Zeca há 14 anos. Toninho Geraes, parceiro de Nelson Rufino na música que dá nome ao CD, já tinha mostrado ‘Uma Prova de Amor’ para Zeca. “Lembrei essa história, em seu aniversário, e ele respondeu: ‘Então você cantou mal. Se tivesse cantado bem, eu já teria gravado”, ri o compositor.Marcos Diniz, Luiz Grande e Barbeirinho do Jacarezinho — devidamente batizados de ‘Trio...

Tudo Azul

"A nossa vida é nascer e florescer para mais tarde morrer’, diz a letra do samba de Manacéa ouvido logo nas primeiras cenas de ‘O Mistério do Samba’, o emocionante filme que retrata a história da Velha Guarda da Portela, que estréia na próxima sexta-feira. Dirigido por Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda, o documentário começou a tomar forma há 10 anos com pesquisas feitas pela cantora Marisa Monte para o CD ‘Tudo Azul’, da Velha Guarda da azul-e-branco de Madureira, lançado por seu selo, o Phonomotor. “Comecei a ouvi-los na infância, por influência do meu pai, e alguns integrantes do grupo chegaram a freqüentar a minha casa, como o Monarco”, lembra Marisa. ‘O Mistério do Samba’ traz, ainda, dois outros ilustres portelenses: Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho. “Esse tipo de registro pode ajudar os novos a entenderem a importância dessas pessoas. Elas fazem parte da história do samba. Marisa tem o samba no sangue”, diz Zeca. “Paulinho e eu, por motivos parecidos, mas em momen...