“Meu samba tem pedigree”, avisa o veterano Wilson das Neves no belo ‘Samba para João’, assinado com Chico Buarque, que encerra ‘Se me chamar, ô sorte’ (MP,B Discos/ Universal Music), seu novo CD. Baterista requisitado por grandes nomes da música popular brasileira, integrante da Orquestra Imperial e da banda que acompanha Buarque, das Neves destila a costumeira elegância no álbum produzido por ele, Paulo César Pinheiro e Berna Ceppas. Os caprichados arranjos de Cláudio Jorge, Vittor Santos, João Rebouças, Zé Luiz Maia, Jorge Helder, Bia Paes Leme e Luís Claudio Ramos, realçam o estiloso e certeiro fraseado do sambista que, na contramão da preguiçosa opção pelas recorrentes regravações, apresenta 14 faixas originais. Com o parceiro mais constante, Paulo César Pinheiro, Wilson assina ‘Cara de queixa’, ‘Trato’, ‘Jeito errado’, ‘Licor, sereno e mágoas’, ‘Máscara de cera’ e ‘Peão de obra’. Tuninho Gerais (‘O dono da razão’), Luiz Carlos da Vila (‘Ao nosso amor maior’), Nelson Sargent...
Um canto para organizar meus textos sobre MPB, seus compositores e cantores.