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Mostrando postagens com o rótulo Vanessa da Mata

Segue o som, a receita pop de Vanessa da Mata

Vanessa da Mata finalmente lança o disco adiado por causa de sua incursão no cancioneiro de Tom Jobim (1927 – 1994) em 2013. Em ‘Segue o som’ (Jabuticaba/ Sony Music) a mato-grossense refaz sua já conhecida receita de bolo sem, no entanto, adicionar sabores novos e/ou surpreendentes. Novamente pilotando a produção estão Liminha e Kassin, que também se alternam em instrumentos como baixo, guitarra e teclados. Mistura de reggae, pop, carimbó e barulhinhos contemporâneos, a sonoridade é adequada à música de Vanessa, sempre cosmopolita ao observar sua aldeia.   A contagiante ‘Toda humanidade veio de uma mulher’, abre o CD com boa pegada que se repete na faixa-título, ambas com a participação de Lincoln Olivetti (piano rhodes). A guitarra tocada por Kassin imprime personalidade à romântica ‘Não sei dizer adeus’. A balada ‘Ninguém é igual a ninguém (desilusão)’ critica a mundo de aparências superficiais (“A contramão do amor puro/ O fast-fode, o jato do alívio”) e prepara o ouvinte ...

Vanessa da Mata leva a música de Tom Jobim para o seu canto

Adequadamente levado para o estúdio, onde a tecnologia maquia imperfeições, o projeto ‘Vanessa da Mata canta Tom Jobim’ (Jabuticaba/ Sony Music) apresenta dezesseis clássicos de Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (1927 – 1994). Embora não seja a intérprete ideal de músicas como ‘Por causa de você’ (Tom Jobim/ Dolores Duran, 1957), ‘Sabiá’ (Tom Jobim/ Chico Buarque, 1968) e ‘Dindi’ (Tom Jobim/ Aloysio de Oliveira, 1959), Vanessa encara com decência a difícil tarefa de reler canções eternizadas por grandes vozes.  A partir dos arranjos assinados pelo maestro e pianista Eumir Deodato, o requisitado produtor Kassin soube criar uma ambiência contemporânea, próxima à sonoridade característica da discografia da cantora e compositora mato-grossense. Diferentemente da edição anterior do projeto concebido pela Nívea, não se tentou reviver o passado glorioso do homenageado através da extrema reverência. Tudo foi pensando de modo a deixar Vanessa da Mata minimamente confortável....

O (bom) pop superestimado de Marcelo Jeneci

Há pouco mais de uma semana chegou as minhas mãos ‘Feito pra acabar’ (Slap/ Natura Musical), o incensado disco de estreia de Marcelo Jeneci, presente em quase todas as listas de melhores do ano, em 2010. Desde então, tendo como fundo musical as 13 composições do jovem músico paulista, procuro entender o efeito causado na mídia pelo co-autor de ‘Amado’, faixa do CD ‘Sim’, lançado por Vanessa da Mata em 2007. Produzido pelo onipresente Kassin, com arranjo de orquestra e regência do maestro Arthur Verocai, ‘Feito pra acabar’ abusa da atmosfera retrô presente na maioria dos lançamentos da ‘nova’ MPB. Esses novos nomes ensaiam uma aproximação entre a música popular dos anos 1970 (aquela que tocava nas rádios AM e tinha espaço na programação das TVs) com o som da cena índie atual. Mas a aura cool, perseguida por nove entre dez artistas em ascensão, dilui as impressões das composições, tornando difícil sua identificação pelas camadas mais populares. Fã confesso de Marcelo Camelo, Jene...

O universo particular de Vanessa da Mata

Legítima representante do boom de cantoras-compositoras surgidas na música popular brasileira, principalmente a partir do final dos anos 1980, Vanessa da Mata lançou este ano seu quinto álbum de carreira (incluindo-se o registro do show editado em 2009 para o canal Multishow), ‘Bicicletas, bolos e outras alegrias’, patrocinado pelo projeto Natura Musical. Escorada pelo sucesso (também comercial) de seus álbuns, Vanessa (foto de Geraldo Pestalozzi) apresenta um trabalho que dialoga com seu delicado disco de estreia, lançado em 2002, que obteve projeção nacional quando o remix de ‘Não me deixe só’ saiu das pistas de dança direto para as rádios. ‘Bicicletas, bolos e outras alegrias’ inaugura a parceria da multinacional Sony Music com o selo da artista, ‘Jabuticaba’, e traz doze faixas autorais, duas delas parcerias com Lokua Kanza e Gilberto Gil: ‘Vá’ e ‘Quando amanhecer’, respectivamente. Dona de um curioso método de compor – ela não domina nenhum instrumento, gravando as melodias qu...