Em tempos de modernosas invencionices musicais quase sempre esquecíveis, o terceiro disco solo de Rodrigo Maranhão, ‘Itinerário’ (MP,B/ Universal Music), surge como um ótimo disco de MPB. Sim, a sigla, sinônimo da melhor produção musical deste país, felizmente continua inspirando novas gerações. Empunhando seu violão em todas as faixas, o líder do Bangalafumenga enfileira samba de roda, samba-canção, seresta e fado, entre outros gêneros, num álbum sonoramente caprichado. Os excelentes Marcelo Caldi (sanfona/ piano), Nando Duarte (violão 7 cordas) e Pretinho da Serrinha (cavaquinho/ percussão) acompanham Rodrigo nesse ‘Itinerário’ que começa ecoando a “batida que veio de Angola”, na contagiante malemolência de ‘Fuzuê’ (Rodrigo Maranhão). Perspicaz retratista urbano, Maranhão faz instantâneo da musa tijucana, ‘Iara’ (Rodrigo Maranhão/ PC Castilho), que passeia por pontos de notória efervescência cultural suburbana: o baile charme de Madureira, as escolas de samba Portela e Império Se...
Um canto para organizar meus textos sobre MPB, seus compositores e cantores.