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Mart'nália está de volta ao samba

“Quem se atreve a me dizer do que é feito o samba?”, pergunta Mart’nália, renovando sentidos do sucesso do Los Hermanos, ‘Samba a dois’ (Marcelo Camelo), em ‘Mart’nália em samba! Ao vivo’, novo CD/DVD lançado pela gravadora Biscoito Fino. Após o ousado e subestimado disco “sem cuíca, pandeiro e tamborim”, ‘ Não tente compreender ’ (2012), produzido por Djavan, Mart’nália volta ao gênero que deu fama à família Ferreira. Ela revê sucessos próprios, reverencia raízes, coloca rap no samba e cultiva seu livre trânsito entre diversas vertentes da música popular brasileira. Tudo a sua maneira, com a notória e contagiante carioquice. Estão lá ‘Pé meu samba’ (Caetano Veloso), ‘Ela é minha cara’ (Celso Fonseca/ Ronaldo Bastos), ‘Boto meu povo na rua’ (Arlindo Cruz/ Acyr Marques/ Ronaldinho) e ‘Cabide’, de Ana Carolina, erroneamente creditada a Edel Ferreira Lima (Dida) e Edson Fagundes (Dedé da Portela) no encarte. Na verdade, a dupla é autora do bonito samba ‘Peço a Deus’, gravado por Mestre...

Não tente rotular Mart'nália

“Mudei de poesia e fui pro pop, sem cuíca, pandeiro e tamborim”, avisa Mart’nália no encarte do seu novo disco, apropriadamente chamado ‘Não tente compreender’. Para produzir seu sexto álbum de estúdio, a filha de Martinho da Vila convocou Djavan, influência musical assumida pela cantora que sempre namorou a chamada black music. Embora o bom e velho samba ecoe aqui e ali, ‘Não tente compreender’ distancia a filha de Martinho da Vila do gênero musical que fez a fama da família Ferreira e a reconecta à sonoridade de ‘Minha cara’ (1995), seu segundo disco. Sim, muito antes de ser reconhecida nacionalmente através do samba, Mart’nália já fazia um som pop, soul e black. O público preguiçoso e mal acostumado por artistas que oferecem mais do mesmo a cada lançamento pode demorar a compreender as escolhas musicais da personalíssima cantora que, acertadamente, foge do estereótipo de sambista, num movimento iniciado no álbum anterior, ‘Madrugada’ (2008). Com seu caráter musical naturalm...

Mart'nália tem a cara do samba contemporâneo

Legítima representante do clã dos Ferreira, Mart’nália cresceu em casa de bamba, onde todo mundo bebe, todo mundo samba. Contudo, a intensa convivência com o ritmo que consagrou Martinho da Vila não limitou seus horizontes. Mart’nália transita com desenvoltura por várias latitudes da música popular – seja o soul, o charm ou o pop – mantendo indelével sua assinatura musical. Seu sotaque carioca cheio de malemolência vem ocupando lugar de destaque na cena musical contemporânea. Pensando no futuro sem esquecer o passado, Mart’nália não está diretamente ligada ao reverente movimento que reduziu a Lapa ao limitado rótulo de “reduto do samba”. A cantora e compositora traz para a sua roda a Vila de Noel e Martinho (e dela também), a Portela de Candeia e Paulinho, o Império de Arlindo e Dona Ivone. Gingam, ainda, a MPB de Caetano e Djavan, os clássicos Vinicius e Baden e o pop dos parceiros Zélia e Moska. A popularidade veio através dos álbuns ‘Pé do meu samba’ (2002) e ‘Menino do Rio’ (2005)...

Menina do Rio

"Comigo não tem nenhum tipo de imposição. Senão não faço nada e vou para a praia. Se disser que não pode aí é que eu vou querer fazer”, avisa Mart’nália (foto João Laet) durante a entrevista para lançar o CD ‘Madrugada’, na bela casa do Humaitá, sede da gravadora Biscoito Fino. Depois do vitorioso ‘Menino do Rio’, CD produzido por Maria Bethânia, a filha de Martinho da Vila não se preocupa com possíveis comparações em relação ao novo trabalho. “A cobrança que existe é em relação aos cuidados com a voz, uma cobrança mais carinhosa. Se tinha outra, já esqueci”, diz ela, que lança o disco dia 26 de setembro, no Vivo Rio. 'Madrugada’ vem reforçar o conhecido lado notívago da carioca que adora praia (“na Vinicius, na barraca do Paulo Roberto”), de onde não sai antes de anoitecer. “Posso chegar cedo, mas só saio depois de bater palmas para o pôr-do-sol. Volto para casa, durmo e acordo com vontade de ir para a rua de novo à meia-noite, uma hora da manhã”, conta. Ela sabe que tais...

Samba cheio de charme

'Madrugada', sétimo disco de Mart'nália, chega às lojas este mês com duas guinadas na vida da cantora: trará mais música negra americana mesclada ao samba e será lançado por uma gravadora maior, a Biscoito Fino. "Ficou grande demais para a Quitanda", explica Maria Bethânia, dona do selo e responsável pela chegada de Mart'nália ao sucesso ao produzir o elogiado 'Menino do Rio'. Assinado por Arthur Maia e Celso Fonseca (produtor de 'Pé do Meu Samba'), o novo disco traz a mistura de soul, samba e charme experimentada pela cantora nas apresentações do show 'Sambacharme' no começo do ano. "Eu pedi para participar, fizemos a pré-produção no meu estúdio", conta Maia que não teme as inevitáveis comparações com o disco anterior, do sucesso como 'Cabide'. "'Menino do Rio é maravilhoso, mas 'Madrugada' é diferente", afirma. Baixista de Gilberto Gil, ele se empolga ao falar da "parceira de décadas...