Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Mariene de Castro

Mariene de Castro faz boa 'Colheita' em seu quinto álbum

Dona da força que vem da raiz, Mariene de Castro lança seu novo CD, ‘Colheita’, via gravadora Universal Music. Quase dois anos após o tributo a Clara Nunes, a radiante baiana reaparece em tons mais serenos, e não menos contundentes e sedutores, na companhia de alguns medalhões da música popular brasileira. Novamente o conterrâneo Roque Ferreira é o principal fornecedor das canções do disco, que tenta equilibrar a temática afro-brasileira, característica da carreira de Mariene, momentos românticos e sambas mais dolentes. Citando ‘Nem ouro nem prata’ (Ruy Maurity/José Jorge), sucesso popular de Ruy Maurity em 1976, a filha de Oxum finalmente registra ‘Oxóssi’ (Roque Ferreira/ Paulo César Pinheiro). O vigoroso tema, presente no roteiro dos shows de divulgação do ótimo CD ‘Tabaroinha’ (2012), surge pontuado pelo violoncelo de Jacques Morelenbaum. Primeira faixa divulgada, a incendiária ‘Tirilê’ (Roque Ferreira/Dunga) foi feita sob medida para a vivaz cantora. Melhor dueto do álbum, ‘A...

Mariene de Castro visita o terreiro de Clara Nunes no DVD 'Ser de luz'

Cinco meses após o lançamento do ótimo CD ‘Tabaroinha’, a cantora baiana Mariene de Castro subiu ao palco do Espaço Tom Jobim, no Rio de Janeiro, em outubro de 2012, para gravar ‘Ser de luz – uma homenagem a Clara Nunes’. O show que reúne dezesseis sucessos da mineira chega às lojas em CD e DVD pela gravadora Universal Music, em parceria com o Canal Brasil. Cantora vivaz, Mariene consegue driblar a cilada dos tributos oportunistas, tão comuns ultimamente. Apesar do figurino inspirado na iconografia da homenageada, e da presença das pastoras da Velha Guarda da Portela, ela não imita Clara Nunes (1942 – 1983) e imprime personalidade em clássicos como ‘Minha missão’ (Paulo César Pinheiro/ João Nogueira, 1981) e ‘Morena de Angola’ (Chico Buarque, 1980), auxiliada pelos bons arranjos assinados por Alceu Maia, embora não apresente nenhuma interpretação arrebatadora. Não é a primeira vez que boa parte das canções presentes no roteiro de ‘Ser de luz’ ressurge em um projeto dedicado à sam...

Mariene de Castro canta e samba pra valer

Após o consagrador show de lançamento do CD ‘Tabaroinha’, realizado em março de 2012, Mariene de Castro voltou a pisar no palco do Teatro Rival (RJ) na noite de sexta-feira, 14 de setembro (com outro show hoje, sábado), “pra cantar, pra sambar pra valer”. Único momento em que a baiana baixou os tons altos que permearam sua apresentação, a clássica ‘Eu vim da Bahia’ (Gilberto Gil) foi bela novidade do roteiro. Surpresa da primeira noite do show, o sambista Zeca Pagodinho encarou problemas técnicos no som de seu microfone e a potência vocal de Mariene durante o sucesso ‘Ogum’ (Claudemir/ Marquinhos PQD). Não é fácil acompanhar a vibrante artista. ‘Guerreira’ (João Nogueira/ Paulo César Pinheiro) foi cantada após Mariene anunciar a gravação do seu segundo DVD, dedicado à obra de Clara Nunes. O magnetismo e a autenticidade da cantora abalizam o projeto, embora as mesmas qualidades também reafirmem a beleza de seu canto, que não precisa de filtros e facilitadores para chegar ao gran...

A força e o encanto de Mariene de Castro

“Brasil, mostra tua cara!”. Foi cantando o refrão do samba-rock assinado por Cazuza, George Israel e Nilo Romero que a baiana Mariane de Castro surpreendentemente encerrou o show de lançamento de seu terceiro disco, ‘Tabaroinha’ (Universal Music), no Teatro Rival, no Rio de Janeiro (RJ). E que cara linda tem o país cantado pela morena brejeira! Conjugando diferentes sotaques do samba, Mariene deu à sua taba maiores dimensões. O público que lotou a tradicional casa para assistir ao primeiro show da cantora no Rio, na noite de 02 de maio de 2012, saiu inebriado com a força e a doçura da moça que canta e dança a ‘Ciranda de Roda’ (Martinho da Vila, 1984), requebra direitinho, ao contrário da ‘Falsa baiana’ (Geraldo Pereira, 1944), e reverencia seus orixás como a ‘Guerreira’ (João Nogueira/ Paulo César Pinheiro, 1978) Clara Nunes (1942 – 1983). Ao encarar o samba que virou assinatura musical da mineira, Mariene de Castro mostrou-se acertadamente audaciosa, sem medo de comparações ma...

Mariene de Castro: o canto doce e consciente da "Tabaroinha"

A cantora Mariene de Castro durante entrevista na gravadora Universal Music Desde que surgiram nos anos 1970, Clara Nunes (1942 – 1983), Alcione e Beth Carvalho formaram o insuperável trio de divas sambistas da música popular brasileira. Apesar de inúmeras tentativas, nenhuma outra cantora do gênero conseguiu projeção nacional semelhante à delas. Com a prematura saída de cena da “mineira guerreira”, o nicho das canções de temática afro-brasileira também ficou vago. Muitas intérpretes fogem do título, dizendo ser limitador. Não é o caso de Mariene de Castro. Lançando seu terceiro disco, ‘Tabaroinha’ (Universal Music), a doce baiana filha de Oxum empunha sem medo a bandeira do samba (“É o sentimento negro que mora em mim, é a minha natureza, uma alma que canta samba com uma saudade, com uma dor que não é da minha idade, não é do meu tempo”) e encara com naturalidade as comparações com Clara (“Ela colocou os orixás no horário nobre da televisão. Por causa dela, de Bethânia e das p...

Mariene de Castro mostra o que é que a baiana tem

Eclipsado pelo axé music, o tradicional samba de roda baiano norteia ‘Santo de Casa’, projeto da cantora Mariene de Castro registrado ao vivo no Teatro Castro Alves, em Salvador (BA), no dia 15 de fevereiro de 2009, distribuído em fevereiro deste ano pela gravadora Universal Music. Em uma hora e meia de show, a cantora conjuga sambas, cocos, cirandas, maracatus, pontos de Candomblé e temas folclóricos. Imagens de santos católicos e orixás africanos, esteiras, altar no proscêncio e a réplica de uma casa de pau a pique no fundo do palco, compõem o rústico cenário onde Mariene revela o dengo que a nega tem: presença luminosa e voz quente que lembra a conterrânea Margareth Menezes, porém com mais doçura. O repertório afro-baiano é pontuado pelas composições de Roque Ferreira, que encontraram na voz da cantora interpretação adequada, ora buliçosa (‘Abre caminho’, ‘Chico e Chica’), ora devotada (‘Samba de terreiro’, ‘Vi mamãe da areia’). Autor recorrente nos recentes álbuns de Mari...