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Maria Rita - Esse samba tá diferente

Após o projeto de covers de sucessos de Elis Regina (1945 – 1982), Maria Rita está de volta ao samba. Sete anos separam ‘Coração a batucar’ de ‘Samba meu’, primeira incursão da cantora paulista ao gênero musical que se confunde com a própria identidade musical brasileira. Ela bisa a parceria com Arlindo Cruz, que desta vez divide com Xande de Pilares o posto de compositor mais presente no álbum lançado pela gravadora Universal Music. Mas a assistência dos bambas cariocas não é garantia de faixas animadas, expectativa comum quando se trata de um CD de samba. A estranheza provocada pela capa do disco, um tanto soturna, em aparente dicotomia com o estilo musical, se dissipa logo na primeira audição. Produzido por Maria Rita, ‘Coração a batucar’ se distancia da jovialidade de ‘Samba meu’, do produtor Leandro Sapucahy. O CD de 2007 tinha uma descontração até então pouco usual no trabalho da artista e a aproximou de um público mais jovem. Menos espontâneo, o samba de Maria agora batuca...

Em 'Redescobrir', Maria Rita se entrega à nostalgia de Elis Regina

Fenômeno que atinge diversas manifestações artísticas, o remake ou releitura contemporânea de obras (primas ou não) parece ter atingindo seu ápice. Vista como sintoma de uma hipotética crise criativa, ou causa e efeito da acomodação do público consumidor menos disposto a processar novidades, a releitura seduz igualmente artistas de diferentes gerações e a indústria cultural. O risco e a ruptura com o estabelecido foram banidos do conceito artístico recente em favor de uma aceitação mais abrangente, naturalmente visando ao lucro, ainda que tal atitude seja disfarçada quase sempre como “homenagem”. Recurso comumente empregado no cinema, principalmente nos estúdios de Hollywood, nos quais, além de recontar suas próprias histórias (‘A hora do espanto’ e ‘O vingador do futuro’, citando remakes recentes), são produzidas versões americanas de sucessos estrangeiros (‘O chamado’, ‘Água negra’), a releitura vem ganhando importância também na televisão brasileira. Entre equívocos (‘Gabrie...

Em seu quarto disco, Maria Rita reafirma "elo" com a MPB

Quatro anos após ‘Samba meu’, disco calcado na batucada carioca que originou show providencialmente rejuvenescedor, Maria Rita retoma em ‘Elo’, seu recém-lançado CD, certo ar senhoril que caracterizou seu primeiro e ótimo álbum de estreia. Sem planos de gravar este ano, a cantora lançou mão de canções que vinha apresentando em show intimista na casa paulista Tom Jazz para contentar sua gravadora, Warner Music, e os fãs, que esperavam por um novo trabalho. O samba alegre e jovial deu lugar a interpretações mais densas, intrínsecas ao canto de Maria Rita. Sua notória herança genética está explícita nas divisões rítmicas e até mesmo nos maneirismos, como as notas prolongadas e a respiração sempre no limite. Escolada pelas inevitáveis comparações com a mãe famosa sofridas no começo da carreira, Maria Rita encara com segurança o desafio de cantar as conhecidíssimas ‘Menino do Rio’ (Caetano Veloso), ‘A história de Lilly Braun’ (Edu Lobo/ Chico Buarque), ‘Só de você’ (Rita Lee/ Roberto ...