Após o projeto de covers de sucessos de Elis Regina (1945 – 1982), Maria Rita está de volta ao samba. Sete anos separam ‘Coração a batucar’ de ‘Samba meu’, primeira incursão da cantora paulista ao gênero musical que se confunde com a própria identidade musical brasileira. Ela bisa a parceria com Arlindo Cruz, que desta vez divide com Xande de Pilares o posto de compositor mais presente no álbum lançado pela gravadora Universal Music. Mas a assistência dos bambas cariocas não é garantia de faixas animadas, expectativa comum quando se trata de um CD de samba. A estranheza provocada pela capa do disco, um tanto soturna, em aparente dicotomia com o estilo musical, se dissipa logo na primeira audição. Produzido por Maria Rita, ‘Coração a batucar’ se distancia da jovialidade de ‘Samba meu’, do produtor Leandro Sapucahy. O CD de 2007 tinha uma descontração até então pouco usual no trabalho da artista e a aproximou de um público mais jovem. Menos espontâneo, o samba de Maria agora batuca...
Um canto para organizar meus textos sobre MPB, seus compositores e cantores.