Gilberto Gil pôs os pés na estrada para a turnê de lançamento do CD ‘Gilbertos samba’ (Sony Music), iniciada no dia 5 de abril no Theatro Net, no Rio de Janeiro. O tão esperado disco de sambas do cantor e compositor baiano é também uma homenagem ao conterrâneo João Gilberto. Aos 71 anos, o mais pop dos Doces Bárbaros parece desacelerar a máquina de hits de outrora no show em que dá voz aos 12 sucessos do “bruxo de Juazeiro” incluídos no CD, além de outras nove canções. Aos clássicos como ‘As pés da cruz’ (Marino Pinto/ Zé da Zilda, 1942) e ‘Você e eu’ (Vinicius de Moraes/ Carlos Lyra, 1961), juntam-se outros como ‘Rosa morena’ (Dorival Caymmi, 1942) e ‘Chiclete com banana’ (Gordurinha/ Almira Castilho, 1959). Se o violão, instrumento adotado a partir da audição de João no rádio, continua impecável, a voz apresenta falhas, principalmente nas regiões mais graves em que Gil vem cantando há algum tempo. Ao tentar emular o minimalismo zen do mestre João, Gilberto soa correto sem, contu...
Um canto para organizar meus textos sobre MPB, seus compositores e cantores.