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Mostrando postagens com o rótulo Gal Costa

Meus shows em 2015: 'Estratosférica'

2015 marcou o cinquentenário artístico de grandes nomes da música popular brasileira. Enquanto Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia comemoraram olhando para trás, revivendo sucessos, Gal Costa manteve os pés no presente, gravando ‘Estratosférica’, álbum que trouxe compositores de gerações diferentes, de Milton Nascimento a Lirinha. ‘Estratosférica’ é um bom disco de carreira, como tantos outros lançados pela cantora, mas não alcançou os píncaros. Com suas excessivas programações eletrônicas e equivocadas opções como incluir a gravação de ‘Ilusão à toa’, certamente por pressão da Sony Music, já que a versão entrou na malfadada novela ‘Babilônia’, ou deixar de fora da edição física as belas ‘Átimo de som’ e ‘Vou buscar você pra mim’. Todos esses senões foram suplantados pela cantora no show homônimo. Em altíssimo astral, com a voz tinindo, interpretando magnificamente canções de diferentes épocas, Gal Costa permanece em cartaz neste verão e tem tudo para novamente tomar o Ci...

Meus shows em 2015: 'Ela disse-me assim - Canções de Lupicínio Rodrigues'

Em 2015 Gal Costa festejou seus 70 anos de vida e 50 anos de carreira a todo vapor. Em março, a cantora revigorou o repertório do ourives das canções de dor-de-cotovelo, Lupicínio Rodrigues (1914 – 1974), no  show ‘Ela disse-me assim – Canções de Lupicínio Rodrigues’ . Acompanhada por jovens e talentosos músicos, Gal fez luzir o ótimo e surpreendente roteiro, com versões emocionantes de clássicos como ‘Esses moços’, ‘Volta’ e ‘Se acaso você chegasse’. Aplaudida em cena aberta em números como ‘Quem há de dizer’ e ‘Vingança’, Gal Costa emocionou o público com suas interpretações perfeitas. A maior cantora do Brasil seduziu a todos – e o ano ainda estava começando.

Show 'Estratosférica' traz Gal Costa em estado de graça

Gal Costa cantou (muito bem), dançou e até ensaiou uma das suas famosas corridinhas, comuns nos anos 1980, no palco do Vivo Rio, na estreia carioca do show ‘Estratosférica’, na noite de sábado, 10 de outubro de 2015. Irradiando felicidade e segurança, a cantora comemora seus 50 anos de carreira nos braços de uma nova legião de fãs, que se aproximou a partir do disco/show ‘Recanto’. Os 70 anos lembrados por ela em ‘Meu nome é Gal’, primeiro número do bis, parecem não pesar. Sem concessões ao seu passado de excelente intérprete de mestres como Ary Barroso, Dorival Caymmi e Tom Jobim, ou mesmo de alguns medalhões da MPB também associados à sua discografia, como Chico Buarque e Djavan, a baiana priorizou seu lado mais roqueiro no roteiro que inclui a inédita ‘Pelo fio’ (Marcelo Camelo), ‘Cartão postal’ (Rita Lee/ Paulo Coelho) e ‘Os alquimistas estão chegando’ (Jorge Ben Jor), entre outras surpresas. Os arranjos executados pela competente banda formada por Thomas Harres (bateria), Maurí...

Musa de qualquer geração, Gal chega aos 70

Nascida no dia 26 de setembro de 1945, no bairro da Graça, na cidade de Salvador, no estado da Bahia, Maria da Graça Costa Pena Burgos surgiu na cena musical soteropolitana na década de 1960. Ainda era Gracinha quando conheceu o futuro parceiro artístico, Caetano Veloso, e o ídolo João Gilberto que, embevecidos pelo frescor e afinação de seu canto moderno, afirmaram que ela era a maior cantora do Brasil. Em 1967, já com o nome artístico de Gal Costa lançou seu primeiro long play , dividido com Caetano. ‘Domingo’ rendeu à dupla o primeiro clássico, ‘Coração vagabundo’. Pouco depois a suavidade bossanovista deu lugar ao canto gutural e roqueiro. Era preciso estar atento e forte. Musa do movimento Tropicalista, Gal viu seus companheiros, Gilberto Gil e Caetano Veloso, partirem para o exílio londrino. Em plena ditadura militar, ela lotava o Teatro Tereza Rachel durante as históricas apresentações do show ‘Fa-Tal, Gal a todo vapor’. “Quero ver de novo a luz do sol!”, cantava naqueles te...

Duas ótimas faixas que ficaram de fora de 'Estratosférica' são postas à venda

Lançadas oficialmente hoje pela gravadora Sony Music, apenas no formato digital, na chamada edição “deluxe” de ‘ Estratosférica ’, ‘Vou buscar você pra mim’ (Guilherme Arantes) e ‘Átimo de som’ (Arnaldo Antunes/ José Miguel Wisnik), as duas inéditas que ficaram de fora do recente disco de Gal Costa, já rodam entre os fãs há dias. Primeira composição de Guilherme gravada por Gal, a bossa nova ‘Vou buscar você pra mim’ é, ao lado de ‘Quando você olha pra ela’, a mais palatável das faixas. O autor de ‘Coisas do Brasil’ ratifica sua via pop-mpbística na canção que renderia melhor com um arranjo mais clássico. Já a etérea e conceitual ‘Átimo de som’ se revela uma belíssima canção, ao falar do sentimento que o som pode causar, feita na medida para a voz de Gal e encerraria ‘Estratosférica’ com precisão. Depois de ouvi-las e aprecia-las, vem a inevitável pergunta: Por que as duas ficaram de fora se são melhores do que muitas faixas irregulares, que diluem a beleza de ‘Estratosférica’?

Mais pop, 'Estratosférica' registra o atual momento artístico de Gal Costa

Se o auto tune não basta para embelezar o canto, altas doses de photshop parecem ser suficientes para adulterar a percepção da realidade (ao menos em parte). Uma Gal Costa literalmente renovada é o que se vê na capa de ‘Estratosférica’, seu novo álbum lançado pela gravadora Sony Music. A foto registra o atual momento artístico da mais doce bárbara, que comemora 70 anos de idade e 50 anos de carreira em 2015. Retoques digitais e uma falsa cabeleira compõem a imagem, feita sob medida para novos fãs, que não presenciaram a juventude da cantora, e para aqueles saudosistas que insistem em não aceitar que o tempo não para. Guiada pelo jornalista Marcus Preto, que assina a direção artística e a seleção de repertório de ‘Estratosférica’ (a quatro mãos), Gal volta a trabalhar com Kassin e Moreno Veloso, produtores de ‘Recanto’ (2011), estupendo álbum conceitual arquitetado por Caetano Veloso, que revolveu a carreira da baiana, tirando-a do confortável trono de dama da canção. Mas se ‘Reca...

Single de Gal, 'Ilusão à toa' provoca discussão exagerada

Toda essa discussão sobre o lançamento de ‘Ilusão à toa’, versão que estará na trilha sonora de ‘Babilônia’ me parece exagerada. Em vários momentos de sua carreira, Gal Costa gravou músicas para trilhas de novela. ‘Desafinado’ (‘Bambolê’), ‘Solidão’ (‘O Dono do Mundo’), ‘Modinha para Gabriela’ (‘Gabriela’), ‘Ruas de outono’ (‘Paraíso Tropical’), ‘Brasil’ (‘Vale Tudo’), ‘Jovens tardes de domingo’ (‘Zazá’), ‘Pra você’ (‘Torre de Babel’), ‘Caminhos do mar’ (‘Porto dos Milagres’) s aíram independentemente do discos de carreira da cantora, algumas sequer entraram em sua discografia oficial. Se a gravadora quis pegar carona na novela da TV Globo para promover ou não o novo álbum, ‘Estratosférica’ (a seleção de repertório ainda não foi divulgada oficialmente) é porque o folhetim das 21 horas ainda é uma vitrine nacional - até os “alternativos” sabem e sonham com a inclusão de uma música lá. Os tempos mudaram, as rádios e grande parte do público andam mais acomodados do que nunca. Ninguém ...

Gal reveste Lupicínio de contemporaneidade

Após a estreia nacional em Porto Alegre (RS), em 25 de março de 2015, o show ‘Ela disse-me assim – Canções de Lupicínio Rodrigues’, de Gal Costa, chegou ao palco da casa de espetáculos carioca Vivo Rio na noite de sábado, 28 de março. Idealizado por J. Velloso para o projeto Natura Musical, o show poderia indicar a volta de Gal à zona de conforto das interpretações de clássicos da MPB, onde ela permaneceu por algum tempo, até a revigorante virada estética provocada pelo disco/show ‘Recanto’ (2011), que realinhou sua carreira com a produção musical brasileira mais arrojada. Acompanhada por Pupillo (bateria/ percussão), Silva (teclado/ violino), Guilherme Monteiro (guitarra/ violão) e Fábio Sá (contrabaixo elétrico e acústico) , talentosos músicos da cena musical contemporânea, arregimentados pelo codiretor artístico Marcus Preto, Gal Costa fez luzir o ótimo e surpreendente roteiro, com interpretações emocionantes.  Ourives das canções de dor-de-cotovelo, gravado por cantores ...

2014: Shows memoráveis de grandes cantoras

Em 2014 duas estrelas da MPB estrearam shows que renderam turnês inesperadas. Ao revisitar a obra de Luiz Gonzaga (1912 – 1989) e de compositores influenciados pela música do Rei do Baião no projeto Natura Musical, Elba Ramalho exibiu a energia que marcou seus melhores momentos nos palcos, em quase quatro décadas de carreira. Junto com o grupo armorial SaGRAMA e o quarteto de cordas Encore, ambos de Pernambuco, Elba pôs fogo na mistura, gerando um show impactante, cujo registro audiovisual deverá ser lançado em 2015, assim como seu próximo álbum de carreira, ‘Do meu olhar para fora’. Com ‘Espelho D’Água, recital de voz e violão concebido para a inauguração de um novo teatro em São Paulo, Gal Costa revigorou antigas canções e apontou o futuro próximo, ao inserir a inédita canção de Thiago e Marcelo Camelo que dá nome ao espetáculo, e que também estará em seu novo e esperado disco de inéditas. Com músicas especialmente compostas por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Adriana Calcanhotto, ...

'Espelho D'Água': a plenitude artística de Gal

Uma voz tamanha invadiu a cena do Vivo Rio na noite de sábado, dia 01 de novembro de 2014, quando Gal Costa apresentou ‘Espelho D’Água’, o elogiado recital em que revigora antigas canções e aponta um futuro próximo, interpretando a inédita canção de Marcelo e Thiago Camelo, que dá nome ao espetáculo e estará em seu esperado novo disco. Acompanhada pelo músico Guilherme Monteiro (violão/ guitarra), Gal desfia o eficiente roteiro, pensado em conjunto com o jornalista Marcus Preto, e dá continuidade à festa paz iniciada a partir de ‘Recanto’, o disco / show que revigorou seu cantar.  Com o famoso brilho agudo musical, citado na música que significativamente abre a noite, ‘Caras e Bocas’ (Caetano Veloso/ Maria Bethânia), e os precisos graves adquiridos com o tempo, a cantora, que completa 70 anos em 2015, faz a alegria de antigos e novos fãs. Caetano Veloso permanece sendo o compositor preponderante, e novamente a musa faz jus ao seu poeta. As intensas interpretações de ‘...

'Live in London' eterniza o frescor tropicalista de Gal e Gil

Verdadeira joia atemporal, o CD duplo ‘Gilberto Gil & Gal Costa – Live in London ‘71’, lançado pelo selo Discobertas, do pesquisador musical Marcelo Fróes, eterniza um raríssimo show dos então jovens artistas baianos na City University, Londres, Inglaterra, no dia 26 de novembro de 1971. O registro histórico e surpreendente, encontrado por Fróes, em 1998, foi dividido em dois CDs. No primeiro, Gal, acompanhada por Gil (violão/ vocais), Bruce Henry (baixo), Tutty Moreno (bateria) e Chiquinho Azevedo (percussão), apresenta repertório baseado no show ‘Fa-tal, a todo vapor’, que marcou definitivamente sua carreira naquele mesmo ano, em concorridas noites no Teatro Tereza Raquel, em Copacabana, Rio de Janeiro. Transbordando frescor, a cantora mostra o que é que a baiana tem em vibrantes interpretações de músicas que se tornariam clássicas, como ‘Coração vagabundo’ (Caetano Veloso) e ‘Vapor barato’ (Jards Macalé/ Waly Salomão), esta com pulsação roqueira, graças à batida do violão d...

'Recanto ao vivo' eterniza grandes momentos de Gal Costa

Tudo é singular no DVD ‘Recanto ao vivo’ lançado pela gravadora Universal Music neste mês. As diretoras Dora Jobim e Gabriela Gastal conseguiram afastar o registro audiovisual do aclamado show ‘Recanto’, de Gal Costa, da trivialidade que pontua a maioria dos DVDs despejados semanalmente no mercado. Preservando a estética do espetáculo dirigido por Caetano Veloso e Moreno Veloso, a filmagem se transforma em documento histórico da Música Popular Brasileira, digno da grandeza de Gal. Gravado no Theatro Net Rio em outubro de 2012 – o antigo Teatro Tereza Raquel, local do mítico ‘Fa-tal, Gal a todo vapor’ (1971)’ –, ‘Recanto ao vivo’ capta o momento especial vivido pela cantora. Nos belíssimos closes , as marcas do tempo na fronte da artista; no áudio, os graves e agudos perfeitos, excepcionalmente registrados por Moreno Veloso. Em todos os instantes, a interpretação definitiva de Gal, que vem seduzindo antigos e novíssimos fãs, em noites memoráveis como a do Circo Voador, em fever...

Em noites luminosas, Gal Costa apresenta o já antológico show 'Recanto'

Musa, Gal Costa inspira Caetano Veloso há mais de quatro décadas. Juntos criaram inúmeros clássicos da música popular brasileira. ‘Recanto’ , a mais recente parceria dos dois baianos suscitou dúvidas entre os de má fé: seria um disco de compositor ou da cantora? Em noites luminosas, Maria da Graça Costa Penna Burgos respondeu a questão da melhor forma, colocando sua voz tamanha a serviço de 22 canções habilmente costuradas no roteiro do recém- nascido show. Linda, leve e solta, Gal retorna aos palcos rejuvenescida e rejuvenescendo antigos sucessos. Sua sensualíssima interpretação de ‘Folhetim’ (Chico Buarque, 1978) pode não ter o frescor dos tempos de ‘Água Viva’, mas apresenta toda a carga dramática de uma intérprete que traz a vida na voz, com bem explicita ‘Minha voz, minha vida’ (Caetano Veloso, 1981).  A mesma voz, rasgada em ‘Divino maravilhoso’ (Caetano Veloso/ Gilberto Gil, 1968), doce em ‘Baby’ (Caetano Veloso, 1968), precisa em ‘Força estranha’ (Caetano Veloso, 1978...

'Chico' e 'Recanto' são os discos da MPB em 2011

Lançado em julho de 2011, ‘ Chico ’, o novo álbum de Buarque, suscitou críticas unanimes. Resenhas, as mais variadas, seguiram caminhos semelhantes apontando a falta de “arrebatamento” do disco e a “obra-prima” ‘Sinhá’ (Chico Buarque/ João Bosco). Cinco anos após o CD ‘Carioca’, Chico entregou joias tão valiosas quanto sutis, entre elas a valsa ‘Nina’. Um de nossos melhores compositores segue registrando magnificamente as impressões colhidas ao longo dos seus 67 anos de vida. Tal como na canção-homenagem feita por Caetano Veloso, Chico Buarque “brilha único, indivíduo, maravilha sem igual. Já tem coragem de saber que é imortal”. O baiano de Santo Amaro da Purificação também esteve em alta ao entregar à Gal Costa as onze canções que constituem o arrebatador ‘ Recanto ’, lançado em dezembro, envolto a grande expectativa. Seis anos depois de ‘Hoje’ (Trama), CD recebido friamente pelos críticos, ‘Recanto’ aponta novos rumos e recoloca Gal na dianteira da produção musical contemporân...

A grande beleza de Gal e Caetano

“Coisas sagradas permanecem/ Nem o demo as pode abalar”. Os versos de ‘Recanto escuro’, canção de onde foi retirado o título do aguardado disco de Gal Costa resume a longeva parceria da cantora com Caetano Veloso. Dando voz às palavras do compositor desde 1965, quando gravou ‘Sol negro’ ainda como Maria da Graça, em dueto com Maria Bethânia, e, dois anos depois, dividiu com ele o disco de estreia, ‘Domingo’, Gal construiu sua carreira alicerçada por grandes interpretações de canções caetânicas. De ‘Coração vagabundo’ a ‘Divino maravilhoso’, de ‘Tigresa’ a ‘Força estranha’, de ’Mãe’ a ‘Meu bem, meu mal’, de ‘Minha voz’ a ‘Vaca profana’, de ‘Aquele frevo axé’ a ‘Luto’, entre outras tantas que formam verdadeira biografia musical. Recanto pode ser um lugar aconchegante, um canto cantado novamente, um canto não inaugural, com história, reflexivo. Recanto é ‘Relance’ entre Gal e Caetano que assina todas as composições (em estilo próximo ao de seu disco ‘Cê’) e a produção (em parceria com...

Gal Total

Acompanhada do violonista Luiz Meira, Gal Costa fez única apresentação ontem, no Palácio do Anhembi, em São Paulo. Belíssima, a cantora voltou a exibir cabelos longos. Os gestos e o vestido contribuíram ainda mais para a aura de Diva. Chamado 'Total' - de acordo com a recente caixa lançada pela Universal Music com belíssima reedição de seus discos na antiga Philips - o show lista sucessos da carreira de Gal. Sucesso radiofônico em 1984, 'Chuva de prata' (do disco 'Profana') foi surpresa no bis: 1. Minha voz, minha vida (Caetano Veloso) 2. Eu vim da Bahia (Gilberto Gil) 3. Azul (Djavan) 4. Meu bem, meu mal (Caetano Veloso) 5. Camisa amarela (Ary Barroso) 6. Folhetim (Chico Buarque) 7. Vatapá (Dorival Caymmi) 8. Samba do grande amor (Chico Buarque) 9. Wave (Tom Jobim) 10. Garota de Ipanema (Tom Jobim/ Vinicius de Moraes) 11. Sábado em Copacabana (Dorival Caymmi/Jorge Guinle); Copacabana (João de Barro/ Alberto Ribeiro) 12. Você não entende nada (Caetano Veloso...

O nome dela é Gal!

Seguindo a busca por tesouros em seu baú, a Universal Music põe nas lojas esta semana a caixa ‘Gal total’ com 15 títulos gravados por Gal Costa na então gravadora Philips/Polygram. Ficaram de fora ‘Tropicália’, ‘Temporada de verão’ e ‘Doces Bárbaros’. Um CD duplo apropriadamente chamado ‘Divina, maravilhosa’, de raridades, completa o lançamento tão aguardado pelos fãs. A maioria dos discos contidos em ‘Gal total’ resistiu (muito) bem ao tempo, talvez ‘Baby Gal’ (1983) – seu último trabalho na Polygram – seja exceção com seus arranjos calcados nos teclados que marcaram a década de 1980. O começo manso, ao lado do amigo de sempre, Caetano Veloso, em ‘Domingo’ (1967) trazia o frescor da jovem de 22 anos, apaixonada pela Bossa Nova e, mais ainda, por João Gilberto, em faixas como ‘Coração vagabundo’ (Caetano Veloso) e ‘Candeias’ (Edu Lobo). Em 1969 sai ‘Gal Costa’, de ‘Divino maravilhoso’ (Caetano Veloso/Gilberto Gil), ‘Baby’ (Caetano Veloso), ‘Não identificado’ (Caetano Veloso) e ‘Que...

Mar e Sol

Depois de meses de exotismo indiano o telespectador pode, finalmente, relaxar com as belíssimas locações do primeiro capítulo de 'Viver a vida', embaladas por Gal Costa, Tom, Miúcha e Chico - boas trilhas sonoras costumam ser uma das marcas das novelas de Manoel Carlos. Alguns personagens pareceram bem caricatos, caso de Luciana (Aline Moraes), infantilóide, e Tereza (Lilia Cabral), amarga demais. Por falar em caricatura, mais uma vez veremos a história de gêmeos - sempre tão opostos. Tem o gaiato, mas esperto, e o educado, porém paspalho. Matheus Solano vai ter que rebolar para dar veracidade a Miguel e Jorge. Sobretudo ao contracenar com a péssima Bárbara Paz - que nunca deveria ter saído da 'Casa dos Artístas'. José Mayer está confortável em seu retorno ao papel de galã (depois de interpretar um maluco beleza constrangedor na finada 'A Favorita'). Taís Araújo convence como a primeira Helena - negra e jovem - optando por uma atuação naturalista, mas pode melho...

30 anos de Álibi

Rio - Em 1978, quando ninguém pensava em CDs, a pirataria não assombrava as gravadoras e Roberto Carlos reinava, soberano, Maria Bethânia vendeu impressionantes 800 mil cópias do LP (isso mesmo, um long play) ‘Álibi’ — feito, até então, inédito e impensável para uma cantora brasileira. O repertório reuniu clássicos como ‘Negue’ e ‘Ronda’ e lançou ‘Explode Coração’, sedimentando a parceria de sucesso entre a intérprete e o compositor Gonzaguinha. Trinta anos depois, Bethânia ainda se espanta com a repercussão do disco. “Nossa, quanto tempo, não é? O repertório tocar como tocou foi sorte, não achei que seria esse sucesso todo”, diz, modesta. Dois anos antes, quando ainda era considerada uma cantora de elite, a baiana ganhou seu primeiro ‘disco de ouro’ pelo LP ‘Pássaro Proibido’. A faixa ‘Olhos nos Olhos’, de Chico Buarque, bateu recordes de execução nas AMs e FMs de todo o país. Mas o sucesso de ‘Álibi’ marcou: “O clima de gravação era ótimo. Tudo que envolveu o disco foi bom demais,...

Ana elegante na voz de Gal

A novela entrou no ar na semana passada, mas a trilha sonora de Paraíso Tropical já está rolando na internet. Os fãs de Gal Costa (foto) não conseguiram esperar pelo lançamento do CD e Ruas de Outono (Ana Carolina e Totonho Villeroy), na voz da baiana já está na rede. Sempre presente nas tramas de Gilberto Braga, chegando mesmo a participar de alguns capítulos de Dancing Days e de Celebridade, Gal gravou Ana pela primeira vez e deu elegância e sobriedade à composição.