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Mostrando postagens com o rótulo Elza Soares

Meus shows em 2015: 'A mulher do fim do mundo'

Não teve show revisionista, não teve comemoração de cinquenta anos de carreira, muito menos ajudinha de parte da mídia reverente a certos artistas 'intocáveis' que tirasse do show ‘A mulher do fim do mundo’ o título de espetáculo do ano. A impactante ambiência sonora do excelente álbum se expandiu no palco, onde a cantora reinou absoluta. De seu trono, Elza Soares esmiuçou as dores e as mazelas de milhares de Rosinhas e malandros brasileiros, fez ecoar sua voz num manifesto contra o assassinato de jovens e surpreendeu a todos encerrando o show com esperança de um futuro melhor, longe do fim. ‘A mulher do fim do mundo’, disco e show nasceram clássicos. 

Meus discos em 2015: 'A mulher do fim do mundo'

‘A mulher do fim do mundo’, 34º disco da longeva carreira de Elza Soares, arrebatou corações e mentes. Com sua voz muitas vezes no limite, a mulata desfila seu dramático enredo acompanhada pelo produtor Guilherme Kastrup e por uma turma de excelentes músicos da cena paulista atual. “Me deixem cantar até o fim”, clama Elza na faixa-título do álbum que não tem senões. Todas as faixas são ótimas e impactantes, de ‘Coração do mar’ (Oswald de Andrade/ José Miguel Wisnik) a ‘ Comigo’ (Romulo Fróes/ Alberto Tassinari) . Dura na queda, Elza Soares mais uma vez deu a volta por cima e gravou o grande disco de 2015.

Elza Soares vai além do fim do mundo no melhor show do ano

“Mais? Vocês querem mais?”, perguntou Elza Soares, cheia de malícia, já no ‘bis’ que compõe o primoroso roteiro do show ‘A mulher do fim do mundo’, em sua estreia carioca, na noite de terça-feira, dia 01 de dezembro de 2015. Em seu trono suspenso acima de seus excelentes músicos, liderados pelo baterista e produtor Guilherme Kastrup, no impactante cenário de Ana Turra, Elza cantou todas as canções do ótimo álbum homônimo, de ‘Coração do mar’ (Oswald de Andrade/ José Miguel Wisnick) a ‘Comigo’ (Romulo Fróes/ Alberto Tassirani), além de outros três números certeiros. Toda a carga dramática eternizada no disco é realçada no show. A voz que fica por um fio, que não alcança certas notas, ressurge potente, de algum insuspeito recôndito da garganta/ peito malhados a ferro e fogo e dá vida à temática existencialista que norteia tudo. A velha ginga carioca da mulata entorta melodias para, em seguida, consertar o aparentemente errado e colocar a canção em outros trilhos inesperados. A urgência...

Elza Soares volta a ser impactante como 'A mulher do fim do mundo'

Elza Soares traz à luz seus recantos escuros, impregnados de sangue e suor, prazeres e lágrimas no urgente ‘A mulher do fim do mundo’ (Circus/ Natura Musical ), seu 34º disco, o primeiro inteiramente de inéditas em mais de seis décadas de carreira. Conduzida pelo músico e produtor carioca residente em São Paulo, Guilherme Kastrup, a mulata desfila seu enredo entre estranhezas sonoras de uma das turmas da fervilhante cena musical paulistana contemporânea. O resultado é impactante. Linhas de baixo (Marcelo Cabral) bem marcadas, guitarras rascantes (Kiko Dinucci e Rodrigo Campos), percussão (Felipe Roseno) e bateria (Kastrup) sem enfeites formam a áspera base das faixas, algumas delas adensadas por dramáticos naipes de cordas e de metais. No entanto, é a voz solitária da mulher do fim do mundo que se ouve em ‘Coração do mar’, que traz versos de Oswald Andrade musicados por José Miguel Wisnik. Um navio “humano, quente, negreiro do mangue” que aporta na canção-título, composta por Romulo ...

No tempo de Elza Soares

"Todos juntos vamos/ Pra rua Brasil/ Salvem essa nação", pediu Elza Soares, atualizando os versos do famoso tema de Miguel Gustavo para a Copa de 1970 no show em cartaz no Teatro Rival, no Rio de Janeiro (RJ). Afiada, a cantora criticou o "novo" Maracanã em 'Aqui é o país do futebol' (Milton Nascimento/ Fernando Brant) e 'O campeão' (Neguinho da Beija-Flor): "Não tem mais arquibancada". Acompanhada pelo violonista João de Aquino, Elza ainda sacou a obscura, mas não menos apropriada, 'Dona baratinha' (Almeida Rego/ Newton Ramalho) lá dos anos 1960, para comentar o casamento da neta do empresário Jacob Barata. Elza Soares é cronista de seu tempo. E seu tempo é hoje.

Elza além das convenções

Em cartaz desde sexta-feira, 19 de março, ‘Elza’, documentário de Izabel Jaguaribe e Ernesto Baldan, mira na cantora Elza Soares, que completou, em 2010, 50 anos de carreira – contados a partir do lançamento do disco ‘Se acaso você chegasse’. Com depoimentos de Caetano Veloso, João de Aquino, Jose Miguel Wisnik, Maria Bethânia, Paulinho da Viola, Ricardo Cravo Albin e Roberto Silva, entre outros, o longa-metragem foge da esperada narrativa cronológica bastante comum neste gênero cinematográfico. Focalizando mais a carreira que a vida conturbada da cantora, os cineastas optaram por embarcar no jeito peculiar que Elza tem de (re)contar sua própria trajetória. A mulata de voz roufenha lembra o episódio com Ary Barroso, quando se apresentou (mal vestida) pela primeira vez no famoso programa de rádio do compositor de ‘É luxo só’, com a mesma naturalidade com que fala da conversa que teve com São Jorge na infância e dos discos voadores que sobrevoaram o palco durante um show em Cabo Frio. ...

Ro Ro promove encontro inédito

Elza Soares e Elba Ramalho foram as convidadas especiais da terceira edição do projeto quinzenal ‘Nas ondas da Ro Ro’ comandado por Ângela Ro Ro na noite de terça-feira, dia 7 de novembro, no Espaço Acústica – misto de bar, boate e casa de shows recém-inaugurada na Praça Tiradentes, Centro do Rio de Janeiro. A companhada pelo tecladista Ricardo Mac Cord, Ângela reaquece o repertório que vem apresentando em seus últimos shows. ‘Acertei no milênio’ e ‘Fila de ex-mulher’, músicas da safra mais ou menos recente, aparecem ao lado das imbatíveis ‘Só nos resta viver’, ‘Tola foi você’ e ‘Came e case’. Dona de um humor por vezes desconcertante Ro Ro deleita a platéia com seus comentários, principalmente quando fala dos colegas da MPB (“Ele ainda vai mudar os gostos dessa menina”, cutucou Caetano Veloso e Maria Gadú). Os famosos graves ainda estão todos lá e proporcionam belos momentos em ‘Meu benzinho’, ‘Fogueira’ e ‘Ne me quitte pas’. Pena que, a certa altura, a cantora troque o microfone p...

Meu Tempo é Hoje

Quando Elza Soares subir ao palco do teatro Rival hoje à noite, na estréia do show 'Sapeca da Breca' (em cartaz até sábado, às 19h30), o público verá uma mulher apaixonada. Muito apaixonada, como ela faz questão de frisar. "Madonna me copiou, mas não tem problema. Antes dela fazer, eu fiz. O mineiro é meu", diz. O mineiro em questão não é Jesus Luz — modelo que a diva loura conheceu em sua passagem pela cidade — e sim, Bruno Luccidi, o jovem de 26 anos que tomou de assalto o coração de Elza. "Estamos juntos há alguns meses. Bruno é muito lindo, é músico, produtor, administrador de empresas, veio consertar uma vida errada de Elza", derrama-se a cantora, de 71 anos, que conheceu o rapaz durante um show em Itabira. Essa felicidade estará no espetáculo de logo mais. "Meu pai me chamava de 'sapeca da breca'. Continuo sendo, né?", brinca a mulata assanhada que troca de roupa no palco. "Troco os três figurinos. Espero que as pessoas estejam p...

Enfileirando sucessos

Elza Soares finalmente gravará seu primeiro DVD, Beba-Me , provalvemente no segundo fim de semana deste mês, no Sesc Vila Mariana, em São Paulo. Para alegria dos seus admiradores, a cantora volta a trabalhar com o produtor José Gonzaga, idealizador do memorável show baseado no repertório do disco Do cóccix até o pescoço . José Miguel Wisnik também está envolvido no projeto. No roteiro, sucessos como Dura na queda (recentemente gravada por Marina, além de estar no show de seu criador, Chico Buarque), Malandro , Se acado você chegasse , Dor de cotovelo e Fadas , entre outros. Tomara que o resultado seja impecável.