Fenômeno que atinge diversas manifestações artísticas, o remake ou releitura contemporânea de obras (primas ou não) parece ter atingindo seu ápice. Vista como sintoma de uma hipotética crise criativa, ou causa e efeito da acomodação do público consumidor menos disposto a processar novidades, a releitura seduz igualmente artistas de diferentes gerações e a indústria cultural. O risco e a ruptura com o estabelecido foram banidos do conceito artístico recente em favor de uma aceitação mais abrangente, naturalmente visando ao lucro, ainda que tal atitude seja disfarçada quase sempre como “homenagem”. Recurso comumente empregado no cinema, principalmente nos estúdios de Hollywood, nos quais, além de recontar suas próprias histórias (‘A hora do espanto’ e ‘O vingador do futuro’, citando remakes recentes), são produzidas versões americanas de sucessos estrangeiros (‘O chamado’, ‘Água negra’), a releitura vem ganhando importância também na televisão brasileira. Entre equívocos (‘Gabrie...
Um canto para organizar meus textos sobre MPB, seus compositores e cantores.