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Mostrando postagens com o rótulo Dorina

'Dorina canta sambas de Aldir & ouvir' atesta a fé na arte de cantar

Em sua estreia fonográfica, em 1996, Dorina já anunciava: “Eu canto samba”. A famosa composição de Paulinho da Viola deu nome ao primeiro disco da cantora carioca. De lá para cá, Dorina lançou mais sete álbuns, entre os quais, ‘Sambas de Almir’ (2003) e ‘Sambas de Luiz’ (2013), dedicados, respectivamente, às obras dos sambistas Almir Guineto e Luiz Carlos da Vila (1949 – 2008). Na noite de quinta-feira, 16 de junho de 2016, Dorina estreou seu novo show no Teatro Ziembinski, ‘Dorina canta sambas de Aldir & ouvir’ que, tomara, ganhe registro em disco. Dedicado ao letrista Aldir Blanc, que comemora 70 anos em setembro, o show traz a cantora em grande forma, surpreendendo o público ao se distanciar momentaneamente dos temas mais buliçosos de quadra e terreiro que pontuam sua discografia. Acompanhada por Paulo 7 Cordas, Ramon Araújo (violão) e Rodrigo Reis (percussão), Dorina amacia seu canto para desfiar o repertório que equilibra sucessos e joias menos conhecidas do mítico comp...

2014: Shows memoráveis de grandes cantoras

Em 2014 duas estrelas da MPB estrearam shows que renderam turnês inesperadas. Ao revisitar a obra de Luiz Gonzaga (1912 – 1989) e de compositores influenciados pela música do Rei do Baião no projeto Natura Musical, Elba Ramalho exibiu a energia que marcou seus melhores momentos nos palcos, em quase quatro décadas de carreira. Junto com o grupo armorial SaGRAMA e o quarteto de cordas Encore, ambos de Pernambuco, Elba pôs fogo na mistura, gerando um show impactante, cujo registro audiovisual deverá ser lançado em 2015, assim como seu próximo álbum de carreira, ‘Do meu olhar para fora’. Com ‘Espelho D’Água, recital de voz e violão concebido para a inauguração de um novo teatro em São Paulo, Gal Costa revigorou antigas canções e apontou o futuro próximo, ao inserir a inédita canção de Thiago e Marcelo Camelo que dá nome ao espetáculo, e que também estará em seu novo e esperado disco de inéditas. Com músicas especialmente compostas por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Adriana Calcanhotto, ...

Dorina e Época de Outro relembram a centenária Aracy de Almeida

Por pouco o centenário de Aracy de Almeida (1914 – 1988) não passou batido em sua cidade natal, o Rio de Janeiro. A preferida de Noel Rosa, que chegou a ser chamada de “o samba em pessoa”, ficou conhecida por gerações mais recentes com a jurada ranzinza de um programa de calouros. Seu requintado repertório continua ignorado por muitos, graças ao descaso da indústria fonográfica. Contudo, na noite de 26 de agosto de 2014, outra carioca da gema subiu ao tradicional palco do Teatro Rival Petrobrás para prestar tributo à Dama do Encantado. Acompanhada pelo Conjunto Época de Ouro, a sambista Dorina encarou com valentia o perspicaz roteiro assinado pelo diretor musical, Marcos Fernando. “Estou aqui no tablado/ Feito de ouro e prata”. Os versos de ‘A voz do morto’ (Caetano Veloso) foram a senha para uma noite especial. Entre música da melhor qualidade, trechos que uma entrevista de Aracy deixavam transparecer a autenticidade da artista. Coisa impensável no contexto atual, onde tudo é cal...

Ney Matogrosso e Jussara Silveira se destacam em 2013

Em 2013 as paradas de sucesso foram dominadas pela tríade sertanejo-pagode-funk, não por acaso gêneros musicais que passam por notória simbiose. O estilo de interpretação oriundo do gospel norte-americano virou modelo ideal entre os candidatos ao estrelato musical e a indústria fonográfica remanescente repetiu a receita dos manjados projetos caça-níqueis travestidos de homenagem. Em outra ponta foram lançados incontáveis CDs de nomes da chamada cena indie , impulsionados pelas facilidades das tecnologias atuais, principalmente a internet. Dani Black, Toni Ferreira e Tulipa Ruiz, promissores representantes da nova geração notadamente influenciada pela MPB, conquistaram mais visibilidade. Meses antes da realeza da mesma MPB ter seu brilho embaçado por um inacreditável flerte com a velha e temível censura, Ney Matogrosso estreou ‘Atento aos sinais’, impactante espetáculo no qual mirou a produção de alguns dos novos nomes da cena musical brasileira e, de quebra pescou ‘Roendo as unha...

Dorina canta 'Sambas de Luiz' Carlos da Vila em ótimo CD

Enquanto as poucas gravadoras remanescentes ainda sonham – em vão – em encontrar a nova Clara Nunes, a cantora Dorina há 17 anos dá voz ao samba feito nos terreiros e fundos de quintais dos subúrbios cariocas. Desde a sua boa estreia no mercado fonográfico em 1996, quando lançou ‘Eu canto samba’, a portelense vem colocando sua voz (cada vez mais) bem colocada a serviço de repertórios sabiamente escolhidos. Como se dá em ‘Sambas de Luiz’, álbum que traz 14 faixas compostas pelo saudoso sambista Luiz Carlos da Vila, com bonito projeto gráfico assinado por Felício Torres. Gravado ao vivo no Centro Municipal de Referência da Música Carioca, no bairro da Muda, Rio de Janeiro, ‘Sambas de Luiz’ ressalta a obra da melhor qualidade assinada pelo autor de sucessos como ‘Doce refúgio’, ‘Nas veias do Brasil’ e ‘Por um dia de graça’ – gravado por uma esfuziante Simone em 1984 o samba de enredo ganha registro menos acelerado no álbum produzido por Claudio Jorge e por Alessandro Cardozo. O can...