Neste populoso país das cantoras nem sempre os louros do reconhecimento popular recaem sobre quem merecidamente dá continuidade a excelência interpretativa, marca registrada de nossas aves canoras. A estreia fonográfica da baiana Maria Waldelurdes Costa de Santana Dutilleux, nos anos 1990, apontava para o surgimento de uma nova estrela radiante da MPB. O canto potente e esperto, e o repertório fresco, misturando tradição e modernidade, conquistaram críticos e formadores de opinião. Suas solares versões para ‘Chove chuva’ (Jorge Ben Jor), ‘Hoje eu quero sair só’ ( Mu Shebabi / Caxa Aragão / Lenine ) e ‘Não identificado’ (Caetano Veloso) ganharam a programação musical de rádios do segmento adulto contemporâneo. As impactantes apresentações ao vivo confirmavam que a mulata era a tal. Inexplicavelmente o estrelato não se confirmou e aos poucos Daúde foi saindo da cena brasileira, ainda que tenha seduzido o mercado internacional – seu terceiro CD, ‘Neguinha te amo’ (R...
Um canto para organizar meus textos sobre MPB, seus compositores e cantores.