‘A mulher do fim do mundo’, 34º disco da longeva carreira de Elza Soares,
arrebatou corações e mentes. Com sua voz muitas vezes no limite, a mulata
desfila seu dramático enredo acompanhada pelo produtor Guilherme Kastrup e por
uma turma de excelentes músicos da cena paulista atual. “Me deixem cantar até o
fim”, clama Elza na faixa-título do álbum que não tem senões. Todas as faixas
são ótimas e impactantes, de ‘Coração do mar’ (Oswald de Andrade/ José Miguel
Wisnik) a ‘Comigo’
(Romulo Fróes/ Alberto Tassinari). Dura na queda, Elza Soares mais uma
vez deu a volta por cima e gravou o grande disco de 2015.
A Universal Music reabre seu baú de preciosidades. Desta vez, a dona do maior acervo musical do país, traz duas joias do cantor, compositor e violonista Gilberto Passos Gil Moreira, recentemente eleito imortal pela Academia Brasileira de Letras. De 1971, o disco londrino, ‘Gilberto Gil’, reaparece em nova edição em vinil, enquanto ‘Refestança’, registro do histórico encontro de Gil e Rita Lee, de 1977, finalmente ganha versão digital. Gravado durante o exílio do artista baiano em Londres, o quarto LP de estúdio de Gilberto Gil foi produzido por Ralph Mace para o selo Famous e editado no Brasil pela Philips, atual Universal Music. O produtor inglês também trabalhava com Caetano Veloso, que havia lançado seu primeiro disco de exílio no mesmo ano. Contrastando com a melancolia expressada por Caetano, Gil fez um álbum mais equilibrado, dosando as saudades do Brasil...
Comentários