À primeira audição, ‘Canção e silêncio’ causou certo estranhamento logo dissipado em novas e seguidas incursões neste segundo álbum independente do artista pernambucano Zé Manoel. Num ano cheio de bons lançamentos de uma nova turma que não nega a influência e atualiza a MPB, como Jonas Sá (‘Blam blam’), Alberto Continentino (‘Ao som dos planetas’) e Lira (‘O labirinto e o desmantelo’), o pianista, compositor e cantor nascido em Petrolina se destacou por suas refinadas composições. Além de compor e cantar, Zé Manoel toca um personalíssimo piano e formou com Kassin (baixo) e Tutty Moreno (bateria) o luxuoso trio base de ‘Canção e silêncio’.
A Universal Music reabre seu baú de preciosidades. Desta vez, a dona do maior acervo musical do país, traz duas joias do cantor, compositor e violonista Gilberto Passos Gil Moreira, recentemente eleito imortal pela Academia Brasileira de Letras. De 1971, o disco londrino, ‘Gilberto Gil’, reaparece em nova edição em vinil, enquanto ‘Refestança’, registro do histórico encontro de Gil e Rita Lee, de 1977, finalmente ganha versão digital. Gravado durante o exílio do artista baiano em Londres, o quarto LP de estúdio de Gilberto Gil foi produzido por Ralph Mace para o selo Famous e editado no Brasil pela Philips, atual Universal Music. O produtor inglês também trabalhava com Caetano Veloso, que havia lançado seu primeiro disco de exílio no mesmo ano. Contrastando com a melancolia expressada por Caetano, Gil fez um álbum mais equilibrado, dosando as saudades do Brasil...
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