Lançadas oficialmente hoje pela gravadora Sony Music, apenas
no formato digital, na chamada edição “deluxe” de ‘Estratosférica’, ‘Vou buscar
você pra mim’ (Guilherme Arantes) e ‘Átimo de som’ (Arnaldo Antunes/ José
Miguel Wisnik), as duas inéditas que ficaram de fora do recente disco de Gal
Costa, já rodam entre os fãs há dias. Primeira composição de Guilherme gravada
por Gal, a bossa nova ‘Vou buscar você pra mim’ é, ao lado de ‘Quando você olha
pra ela’, a mais palatável das faixas. O autor de ‘Coisas do Brasil’ ratifica
sua via pop-mpbística na canção que renderia melhor com um arranjo mais
clássico. Já a etérea e conceitual ‘Átimo de som’ se revela uma belíssima
canção, ao falar do sentimento que o som pode causar, feita na medida para a
voz de Gal e encerraria ‘Estratosférica’ com precisão. Depois de ouvi-las e
aprecia-las, vem a inevitável pergunta: Por que as duas ficaram de fora se são
melhores do que muitas faixas irregulares, que diluem a beleza de
‘Estratosférica’?
A Universal Music reabre seu baú de preciosidades. Desta vez, a dona do maior acervo musical do país, traz duas joias do cantor, compositor e violonista Gilberto Passos Gil Moreira, recentemente eleito imortal pela Academia Brasileira de Letras. De 1971, o disco londrino, ‘Gilberto Gil’, reaparece em nova edição em vinil, enquanto ‘Refestança’, registro do histórico encontro de Gil e Rita Lee, de 1977, finalmente ganha versão digital. Gravado durante o exílio do artista baiano em Londres, o quarto LP de estúdio de Gilberto Gil foi produzido por Ralph Mace para o selo Famous e editado no Brasil pela Philips, atual Universal Music. O produtor inglês também trabalhava com Caetano Veloso, que havia lançado seu primeiro disco de exílio no mesmo ano. Contrastando com a melancolia expressada por Caetano, Gil fez um álbum mais equilibrado, dosando as saudades do Brasil...
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