Não teve show revisionista, não teve comemoração de cinquenta anos de carreira, muito menos ajudinha de parte da mídia reverente a certos artistas 'intocáveis' que tirasse do show ‘A mulher do fim do mundo’ o título de espetáculo do ano. A impactante ambiência sonora do excelente álbum se expandiu no palco, onde a cantora reinou absoluta. De seu trono, Elza Soares esmiuçou as dores e as mazelas de milhares de Rosinhas e malandros brasileiros, fez ecoar sua voz num manifesto contra o assassinato de jovens e surpreendeu a todos encerrando o show com esperança de um futuro melhor, longe do fim. ‘A mulher do fim do mundo’, disco e show nasceram clássicos.
Um canto para organizar meus textos sobre MPB, seus compositores e cantores.