Para
comemorar 70 anos de idade e 50 anos de carreira, contados a partir do
lançamento de seu disco mais festejado, ‘Wanda vagamente’ (1964), a cantora
Wanda Sá gravou seu primeiro DVD, por ora lançado pela parceria Canal Brasil e
Biscoito Fino. Também editado em CD, ‘Wanda Sá’ foi gravado no Espaço Tom
Jobim, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro (RJ), em novembro de 2013. Dirigido
por Gabriela Gastal, o registro audiovisual apresenta o roteiro baseado no show
‘Isso é bossa nova, isso é muito natural... ’, em que Wanda relembra standards do movimento musical surgido
nos anos 1950. Acompanhada pelo trio formado por Adriano Souza (piano), João
Cortez (bateria) e Dôdo Ferreira (contrabaixo), Wanda Sá surge à vontade tocando
violão e interpretando ‘Água de beber’ (Tom Jobim/ Vinicius de Moraes), ‘Discussão’
(Tom Jobim/ Newton Mendonça), ‘Samba de uma nota só’ (Tom Jobim/ Newton
Mendonça), entre outros clássicos. A cantora paulista, radicada no Rio de
Janeiro, recebe Marcos Valle (piano/ voz) em ‘Vagamente’ (Roberto Menescal/
Ronaldo Bôscoli) e ‘Novo acorde’ (Marcos Valle/ Wanda Sá/ Paulo Sérgio Valle).
Com Carlos Lyra, ela faz a menos conhecida ‘Ciúme’ (Carlos Lyra) e a inédita
‘Pra sempre’, parceria de Lyra e João Donato, que também participa do número. Donato permanece ao piano em ‘Minha saudade’/
‘Bim Bom’ (João Donato/ João Gilberto) e ‘A rã’ (João Donato/ Caetano Veloso).
Ainda há espaço para a bossa de Johnny Alf (‘O que é amar’) e Jorge Ben Jor
(‘Por causa de você, menina’/ ‘Chove chuva’).
Dos extras vêm as gravações em estúdio de ‘Inútil paisagem’/ ‘If you
never come to me’ (Tom Jobim/ Aloysio de Oliveira), ‘Coração sem saída’/
‘Spring’ (Dori Caymmi/ Paulo César Pinheiro) e ‘Caminhos cruzados’ (Tom Jobim/
Newton Mendonça), com as participações especiais de Dori Caymmi e da cantora norte-americana
Jane Monheit. Cinco décadas depois de sua aclamada estreia fonográfica, Wanda
Sá refaz o doce balanço musical carioca com bossa e afinação.
A Universal Music reabre seu baú de preciosidades. Desta vez, a dona do maior acervo musical do país, traz duas joias do cantor, compositor e violonista Gilberto Passos Gil Moreira, recentemente eleito imortal pela Academia Brasileira de Letras. De 1971, o disco londrino, ‘Gilberto Gil’, reaparece em nova edição em vinil, enquanto ‘Refestança’, registro do histórico encontro de Gil e Rita Lee, de 1977, finalmente ganha versão digital. Gravado durante o exílio do artista baiano em Londres, o quarto LP de estúdio de Gilberto Gil foi produzido por Ralph Mace para o selo Famous e editado no Brasil pela Philips, atual Universal Music. O produtor inglês também trabalhava com Caetano Veloso, que havia lançado seu primeiro disco de exílio no mesmo ano. Contrastando com a melancolia expressada por Caetano, Gil fez um álbum mais equilibrado, dosando as saudades do Brasil...
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