Em
tempos de modernosas invencionices musicais quase sempre esquecíveis, o
terceiro disco solo de Rodrigo Maranhão, ‘Itinerário’ (MP,B/ Universal Music),
surge como um ótimo disco de MPB. Sim, a sigla, sinônimo da melhor produção
musical deste país, felizmente continua inspirando novas gerações. Empunhando
seu violão em todas as faixas, o líder do Bangalafumenga enfileira samba de
roda, samba-canção, seresta e fado, entre outros gêneros, num álbum sonoramente
caprichado. Os excelentes Marcelo Caldi (sanfona/ piano), Nando Duarte (violão
7 cordas) e Pretinho da Serrinha (cavaquinho/ percussão) acompanham Rodrigo
nesse ‘Itinerário’ que começa ecoando a “batida que veio de Angola”, na contagiante
malemolência de ‘Fuzuê’ (Rodrigo Maranhão). Perspicaz retratista urbano, Maranhão
faz instantâneo da musa tijucana, ‘Iara’ (Rodrigo Maranhão/ PC Castilho), que
passeia por pontos de notória efervescência cultural suburbana: o baile charme
de Madureira, as escolas de samba Portela e Império Serrano. Enquanto isso a
malandragem dobra outras esquinas do ‘Itinerário’ descrito na faixa-título,
passando pelas favelas da Rocinha, Rio das Pedras e Muzema. A ensolarada ‘Rua
da preguiça’ traz a participação do parceiro PC Castilho (vocais), que também
participa da ciranda ‘Flor do cajueiro’ (Rodrigo Maranhão).
O amor fugaz é tema de ‘Eu não sei seu telefone’ (Rodrigo Maranhão), enquanto o amor romântico é mote do bonito fado ‘Madrugada’, que conta com as participações dos artistas lusitanos António Zambujo (voz) e Bernardo Couto (guitarra portuguesa). A lúdica ‘Chapeuzinho amarelo’ (Rodrigo Maranhão) é melodioso romance, que se espraia, já adulto, em ‘Maria da Graça’ (Rodrigo Maranhão). Letras curtas são características do CD, como a quase instrumental ‘Maré’ (Rodrigo Maranhão), tão suave e bonita quanto o ‘Mantra’ (Rodrigo Maranhão/ Pedro Luís), que encerra o disco. A voz miúda do compositor mostra ao mundo sua consistente obra, à espera de grandes intérpretes. Sucessor do belo ‘Passageiro’ (2010), ‘Itinerário’ leva a música de Rodrigo Maranhão para um lugar de destaque na música popular brasileira contemporânea.
O amor fugaz é tema de ‘Eu não sei seu telefone’ (Rodrigo Maranhão), enquanto o amor romântico é mote do bonito fado ‘Madrugada’, que conta com as participações dos artistas lusitanos António Zambujo (voz) e Bernardo Couto (guitarra portuguesa). A lúdica ‘Chapeuzinho amarelo’ (Rodrigo Maranhão) é melodioso romance, que se espraia, já adulto, em ‘Maria da Graça’ (Rodrigo Maranhão). Letras curtas são características do CD, como a quase instrumental ‘Maré’ (Rodrigo Maranhão), tão suave e bonita quanto o ‘Mantra’ (Rodrigo Maranhão/ Pedro Luís), que encerra o disco. A voz miúda do compositor mostra ao mundo sua consistente obra, à espera de grandes intérpretes. Sucessor do belo ‘Passageiro’ (2010), ‘Itinerário’ leva a música de Rodrigo Maranhão para um lugar de destaque na música popular brasileira contemporânea.
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