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Alcione faz a eterna alegria de seu público mais fiel

Diante de uma calorosa plateia, que lotou o Vivo Rio na noite de 22 de agosto de 2014, Alcione voltou a apresentar o show ‘Eterna alegria’. No mesmo palco onde estreou a atual turnê, em junho do ano passado, a cantora maranhense deu voz às recentes ‘Eterna alegria’ (Júlio Alves, Ramirez, Carlos Jr./ Alex Almeida), ‘Ogum chorou que chorou’ (Arlindo Cruz) e ‘Eh, eh’ (Djavan/ Zeca Pagodinho), entre outras, e relembrou o clássico ‘Pintura sem arte’ (Candeia). Se as composições de Jorge Aragão saíram de cena, as duas pérolas assinadas por Fátima Guedes felizmente foram mantidas. ‘Tanto que aprendi e amor’ e ‘Sete véus’ são números menos óbvios, em que a voz potente de Alcione arrepia os mais atentos. Para a eterna alegria da maioria, Marrom enfileirou sucessos românticos como ‘Pior é que eu gosto’ (Isolda), ‘Mulher ideal’ (Michael Sullivan/ Carlos Colla) e ‘Você me vira a cabeça’ (Chico Roque/ Paulo Sérgio Valle), além é claro, da matadora ‘A loba’ (Paulinho Rezende/ Juninho Peralva), que levou o cúmplice público feminino à loucura. Outro momento igualmente arrebatador foi o medley que uniu ‘O que eu faço amanhã’ (José Augusto) e ‘Meu vício é você’ (Chico Roque/ Carlos Colla). A mulherada veio abaixo, como, aliás, acontece desde que Alcione assumiu o posto de diva daquelas que amam demais.

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