‘Liberdade aparente’ é segundo disco do jovem cantor e compositor paulistano Márcio Lugó. Produzido por Lugó e Rafa Moraes, o álbum dá prosseguimento às reflexões propostas em ‘Desacelera’, disco de estreia de Márcio, de 2010. Lançado de forma independente ‘Liberdade aparente’ mistura sons eletrônicos (programações, moog, efeitos) e acústicos (violão, acordeom, flauta) para falar sobre as inquietações da vida urbana em músicas como a faixa-título (“Cada vez mais dispositivos/ofuscando o nosso alvor”) e ‘Trégua’ (Márcio Lugó/Helena Margarida), que termina citando ‘Quadro negro’, contundente retrato das mazelas da cidade grande, de autoria de Lenine e Carlos Rennó: “O que prometeu não cumpriu/o fogo apagou a luz extinguiu”. Outro momento relevante é ‘Promessas’ (Márcio Lugó), suingada faixa aquecida pelos metais (trompete/trombone) de Natan Oliveira. É evidente o cuidado com os arranjos que imprimem inegável contemporaneidade ao álbum, que pode ser ouvido no site do artista (clique aqui).
A Universal Music reabre seu baú de preciosidades. Desta vez, a dona do maior acervo musical do país, traz duas joias do cantor, compositor e violonista Gilberto Passos Gil Moreira, recentemente eleito imortal pela Academia Brasileira de Letras. De 1971, o disco londrino, ‘Gilberto Gil’, reaparece em nova edição em vinil, enquanto ‘Refestança’, registro do histórico encontro de Gil e Rita Lee, de 1977, finalmente ganha versão digital. Gravado durante o exílio do artista baiano em Londres, o quarto LP de estúdio de Gilberto Gil foi produzido por Ralph Mace para o selo Famous e editado no Brasil pela Philips, atual Universal Music. O produtor inglês também trabalhava com Caetano Veloso, que havia lançado seu primeiro disco de exílio no mesmo ano. Contrastando com a melancolia expressada por Caetano, Gil fez um álbum mais equilibrado, dosando as saudades do Brasil...
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