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Mostrando postagens de janeiro, 2014

Márcio Lugó imprime as inquietações da vida urbana no CD 'Liberdade aparente'

‘Liberdade aparente’ é segundo disco do jovem cantor e compositor paulistano Márcio Lugó. Produzido por Lugó e Rafa Moraes, o álbum dá prosseguimento às reflexões propostas em ‘Desacelera’, disco de estreia de Márcio, de  2010. Lançado  de forma independente ‘Liberdade aparente’ mistura sons eletrônicos (programações, moog, efeitos) e acústicos (violão, acordeom, flauta) para falar sobre as inquietações da vida urbana em músicas como a faixa-título (“Cada vez mais dispositivos/ofuscando o nosso alvor”) e ‘Trégua’ (Márcio Lugó/Helena Margarida), que termina citando ‘Quadro negro’, contundente retrato das mazelas da cidade grande, de autoria de Lenine e Carlos Rennó: “O que prometeu não cumpriu/o fogo apagou a luz extinguiu”. Outro momento relevante é ‘Promessas’ (Márcio Lugó), suingada faixa aquecida pelos metais (trompete/trombone) de Natan Oliveira. É evidente o cuidado com os arranjos que imprimem inegável contemporaneidade ao álbum, que pode ser ouvido no site do ar...

Samba refinado é 'Matéria-prima' do novo álbum de Sombrinha

‘Matéria-prima’ é o mais recente álbum de Montgomery Ferreira Nunis, paulistano de São Vicente (SP), um dos fundadores do carioquíssimo grupo Fundo de Quintal. Mais conhecido como Sombrinha, autor de clássicos como ‘Ainda é tempo de ser feliz’ (c/ Arlindo Cruz/Sombra), ‘Não quero saber mais dela’ (c/ Almir Guineto) e ‘O show tem que continuar’ (c/Arlindo Cruz/Luiz Carlos da Vila), o sambista apresenta 16 faixas no CD produzido por Arlindo Cruz, lançado de forma independente . Os arranjos assinados por Ivan Paulo, Rafael dos Anjos, Fernando Merlino, Jorge Cardoso, além da dupla Sombrinha e Arlindo realçam a qualidade de composições como ‘Guerreiro protetor’ (Sombrinha/Arlindo Cruz), de irresistível pegada, ou ‘O amor você eu’ (Sombrinha/Nilton Barros/Rubens Gordinho) e ‘Perdeu valor’ (Sombrinha/Sombra), nas quais o trombone de Marlon Sette reforça o som de gafieira, igualmente sedutor. Embora o amor seja tema recorrente de faixas como ‘Felicidade pra dois’ (Sombrinha/Nilton Barro...

Samba cheio de bossa aclimata o 'arpoador' de Leo Tomassini

“... E melhor do que o silêncio só João”, sentenciou o discípulo Caetano Veloso em ‘Pra ninguém’ (1997), ao citar João Gilberto, cuja interpretação sabiamente (instintivamente?) é valorizada pelas pausas do velho mestre baiano, criador da famosa batida de violão que deflagrou a Bossa Nova. O ‘arpoador’ do carioca Leo Tomassini é banhado por ondas silenciosas desde sempre existentes nas obras dos baianos João, Caetano e Dorival Caymmi (1914 – 2008). A música do santo-amarense é, aliás, mina d’água das composições e do canto de Leo, que divide os vocais com o mestre em ‘elizabeth’ (Leo Tomassini), na qual o elegante flugel do músico Leandro Joaquim cita ‘Lindeza’ (Caetano Veloso). A bossa de violões cheios de bossa (de Pedro Sá, Mig Martins, Guinga, Nelson Jacobina, Rubinho Jacobina e Marcos Alves) perpassa a quase totalidade das faixas do segundo álbum solo de Tomassini, ex-Família Roitman, e convida o ouvinte a um mergulho nas águas tépidas da canção sem fronteiras, não obstante o...