“Pode chegar/ pode beber... Porque hoje é nosso dia de comemorar”, convida o anfitrião Seu Jorge, em ‘Dia de comemorar’ (Seu Jorge, Pretinho da Serrinha, Gabriel Moura e Rogê), balanço que abre o show ‘Músicas para churrasco vol. 1’, gravado ao vivo na Quinta da Boa Vista, no dia 02 de novembro de 2012. Lançada pela gravadora Universal Music nos formatos CD e DVD duplos, a produção assinada pelo próprio Seu Jorge e pela empresária Paula Lavigne aposta na popularidade do artista multimídia e no seu inegável talento para conquistar o ouvinte/ espectador, como aconteceu com a multidão que compareceu à gravação. Seguindo a (geralmente dispensável) cartilha dos registros ao vivo, são muitas as participações especiais. De Alexandre Pires (‘Vizinha’ e ‘Eu sou o samba’) a Caetano Veloso, de Flor de Maria (‘Dois beijinhos’), filha de Seu Jorge, ao Racionais MC’s. Tantos encontros nem sempre se salvam das obviedades e rendem duetos um tanto burocráticos (ou sistemáticos?) como os quatro (!) números de Zeca Pagodinho, incluindo um pot-pourri alocado entre ‘Judia de mim’ e ‘Deixa a vida me levar’. Contudo, nada é mais previsível do que a participação de Sandra de Sá na indefectível ‘Olhos coloridos’ (Macau). Caetano revisita ‘Desde que o samba é samba’, também deixando entrever certa preguiça e desperdiçando a oportunidade de levar Seu Jorge para números mais instigantes de sua obra, não desmerecendo o lindo samba. Certamente a opção pelo set voz e violão viabilizou a participação do baiano, que também divide os vocais com Seu Jorge em ‘São Gonça’ (Seu Jorge), provocando a baixa da temperatura do azeitado show, pontuado pelo suingue irresistível de ‘Mina do condomínio’ (Seu Jorge/ Pretinho da Serrinha/ Gabriel Moura/ Pierre Aderne), ‘A doida’ (Seu Jorge/ Pretinho da Serrinha/ Leandro Fab), ‘Carolina’ (Seu Jorge) e ‘Burguesinha’ (Seu Jorge/ Pretinho da Serrinha/ Gabriel Moura), entre outras. Samba de viés social, característico na obra de sua compositora, a mangueirense Leci Brandão, ‘Zé do caroço’ é acerto no roteiro que exalta a negritude. Seu Jorge manda bem na interpretação mais suave, nem por isso menos incisiva, do que as versões de ‘Diário de um detento’ (Mano Brown/ Jocenir) e ‘Negro drama’ (Mano Brown/ Edu Rock) dos Racionais. Da periferia paulista de volta para o morro da ‘Mangueira’ (Seu Jorge), o show transcorre animado, com direito à inacreditável inclusão de ‘Ilariê’, sucesso de Xuxa nos anos 1980, em desnecessário momento ‘festa ploc’. Até mesmo ‘Sossego’, hit de Tim Maia (1942 – 1998) que encerra a noite, soaria melhor se figurasse em outro momento do roteiro. Como ficou comprovado durante a boa apresentação, Seu Jorge já tem sucessos suficientes para animar a própria festa.
“Pode chegar/ pode beber... Porque hoje é nosso dia de comemorar”, convida o anfitrião Seu Jorge, em ‘Dia de comemorar’ (Seu Jorge, Pretinho da Serrinha, Gabriel Moura e Rogê), balanço que abre o show ‘Músicas para churrasco vol. 1’, gravado ao vivo na Quinta da Boa Vista, no dia 02 de novembro de 2012. Lançada pela gravadora Universal Music nos formatos CD e DVD duplos, a produção assinada pelo próprio Seu Jorge e pela empresária Paula Lavigne aposta na popularidade do artista multimídia e no seu inegável talento para conquistar o ouvinte/ espectador, como aconteceu com a multidão que compareceu à gravação. Seguindo a (geralmente dispensável) cartilha dos registros ao vivo, são muitas as participações especiais. De Alexandre Pires (‘Vizinha’ e ‘Eu sou o samba’) a Caetano Veloso, de Flor de Maria (‘Dois beijinhos’), filha de Seu Jorge, ao Racionais MC’s. Tantos encontros nem sempre se salvam das obviedades e rendem duetos um tanto burocráticos (ou sistemáticos?) como os quatro (!) números de Zeca Pagodinho, incluindo um pot-pourri alocado entre ‘Judia de mim’ e ‘Deixa a vida me levar’. Contudo, nada é mais previsível do que a participação de Sandra de Sá na indefectível ‘Olhos coloridos’ (Macau). Caetano revisita ‘Desde que o samba é samba’, também deixando entrever certa preguiça e desperdiçando a oportunidade de levar Seu Jorge para números mais instigantes de sua obra, não desmerecendo o lindo samba. Certamente a opção pelo set voz e violão viabilizou a participação do baiano, que também divide os vocais com Seu Jorge em ‘São Gonça’ (Seu Jorge), provocando a baixa da temperatura do azeitado show, pontuado pelo suingue irresistível de ‘Mina do condomínio’ (Seu Jorge/ Pretinho da Serrinha/ Gabriel Moura/ Pierre Aderne), ‘A doida’ (Seu Jorge/ Pretinho da Serrinha/ Leandro Fab), ‘Carolina’ (Seu Jorge) e ‘Burguesinha’ (Seu Jorge/ Pretinho da Serrinha/ Gabriel Moura), entre outras. Samba de viés social, característico na obra de sua compositora, a mangueirense Leci Brandão, ‘Zé do caroço’ é acerto no roteiro que exalta a negritude. Seu Jorge manda bem na interpretação mais suave, nem por isso menos incisiva, do que as versões de ‘Diário de um detento’ (Mano Brown/ Jocenir) e ‘Negro drama’ (Mano Brown/ Edu Rock) dos Racionais. Da periferia paulista de volta para o morro da ‘Mangueira’ (Seu Jorge), o show transcorre animado, com direito à inacreditável inclusão de ‘Ilariê’, sucesso de Xuxa nos anos 1980, em desnecessário momento ‘festa ploc’. Até mesmo ‘Sossego’, hit de Tim Maia (1942 – 1998) que encerra a noite, soaria melhor se figurasse em outro momento do roteiro. Como ficou comprovado durante a boa apresentação, Seu Jorge já tem sucessos suficientes para animar a própria festa.
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