Quando Maria Bethânia resolveu comemorar seus 35 anos de carreira em uma única apresentação no Canecão, a saudosa casa de espetáculos carioca, no dia 04 de setembro de 2001, sua aura de deidade intocável da MPB já estava cristalizada. A despeito das modestas vendagens de seus discos antecedentes, a cantora começava a conquistar um novo público que, junto com antigos fãs, constituíram a grande e fiel colmeia em volta da chamada “abelha rainha”. Saída há pouco tempo da gravadora EMI, por onde lançou o CD ‘Maricotinha’, Bethânia dava os primeiros passos em seu futuro castelo, a gravadora Biscoito Fino. Naquela noite memorável, idealizada pela empresária Maria Luisa Jucá, a baiana parecia genuinamente feliz ao receber artistas de diferentes quilates para relembrar seu passado e pontuar seu presente. Entre Caetano Veloso (‘De manhã’, 1965), Gilberto Gil (‘Viramundo’, 1968, e ‘Lamento sertanejo’, 1974) e Chico Buarque (‘Sem fantasia’, 1968) seus principais compositores, Maria recebeu Carlos Lyra, Renato Teixeira, Roberto Mendes, Edu Lobo, Nana e Dori Caymmi em números que mesclavam clássicos de seu repertório e canções recém-gravadas no então novo álbum. Há onze anos, nomes já reconhecidos pelo público, como Chico César e Adriana Calcanhotto, juntavam-se às novatas Ana Carolina e Vanessa da Mata, no rol de compositores gravados por Bethânia. O (aparentemente) informal espetáculo rendeu tanto bons momentos, como o encontro entre a estrela e Lenine, em ‘Nem o sol, nem a lua, nem eu’ (Dudu Falcão/ Lenine), quanto ruins, caso da romântica balada ‘Quando você não está aqui’ (Herbert Vianna/ Paulo Sérgio Valle), notadamente prejudicada pelas (inseguras) interpretações de Arnaldo Antunes e Branco Mello. Felizmente a noite teve mais acertos, como o dueto com Calcanhotto (‘Depois de ter você, 2001) e a maravilhosa versão de Bethânia para ‘As canções que você fez pra mim’ (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos, 1968), carro-chefe do álbum homônimo, campeão de vendagens, lançado por ela em 1994. Ainda distante do clima interiorano que caracterizaria sua produção a partir de então, Maria Bethânia equilibrava tradição e (alguma) novidade naquele (já) longínquo ano de 2001, como comprova o DVD ‘Noite luzidia’, finalmente lançado pela Biscoito Fino.
Quando Maria Bethânia resolveu comemorar seus 35 anos de carreira em uma única apresentação no Canecão, a saudosa casa de espetáculos carioca, no dia 04 de setembro de 2001, sua aura de deidade intocável da MPB já estava cristalizada. A despeito das modestas vendagens de seus discos antecedentes, a cantora começava a conquistar um novo público que, junto com antigos fãs, constituíram a grande e fiel colmeia em volta da chamada “abelha rainha”. Saída há pouco tempo da gravadora EMI, por onde lançou o CD ‘Maricotinha’, Bethânia dava os primeiros passos em seu futuro castelo, a gravadora Biscoito Fino. Naquela noite memorável, idealizada pela empresária Maria Luisa Jucá, a baiana parecia genuinamente feliz ao receber artistas de diferentes quilates para relembrar seu passado e pontuar seu presente. Entre Caetano Veloso (‘De manhã’, 1965), Gilberto Gil (‘Viramundo’, 1968, e ‘Lamento sertanejo’, 1974) e Chico Buarque (‘Sem fantasia’, 1968) seus principais compositores, Maria recebeu Carlos Lyra, Renato Teixeira, Roberto Mendes, Edu Lobo, Nana e Dori Caymmi em números que mesclavam clássicos de seu repertório e canções recém-gravadas no então novo álbum. Há onze anos, nomes já reconhecidos pelo público, como Chico César e Adriana Calcanhotto, juntavam-se às novatas Ana Carolina e Vanessa da Mata, no rol de compositores gravados por Bethânia. O (aparentemente) informal espetáculo rendeu tanto bons momentos, como o encontro entre a estrela e Lenine, em ‘Nem o sol, nem a lua, nem eu’ (Dudu Falcão/ Lenine), quanto ruins, caso da romântica balada ‘Quando você não está aqui’ (Herbert Vianna/ Paulo Sérgio Valle), notadamente prejudicada pelas (inseguras) interpretações de Arnaldo Antunes e Branco Mello. Felizmente a noite teve mais acertos, como o dueto com Calcanhotto (‘Depois de ter você, 2001) e a maravilhosa versão de Bethânia para ‘As canções que você fez pra mim’ (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos, 1968), carro-chefe do álbum homônimo, campeão de vendagens, lançado por ela em 1994. Ainda distante do clima interiorano que caracterizaria sua produção a partir de então, Maria Bethânia equilibrava tradição e (alguma) novidade naquele (já) longínquo ano de 2001, como comprova o DVD ‘Noite luzidia’, finalmente lançado pela Biscoito Fino.
Comentários