Um das definições de oásis é todo recanto que oferece calma, repouso. Sob o olhar de Maria Bethânia, a pequena região em que a presença da água permite o surgimento de vegetação e os passantes se refrescam transforma-se no árido sertão nordestino, como entrega a foto de Gringo Cardia que ilustra a capa do novo CD da intérprete, ‘Oásis de Bethânia’ (gravadora Biscoito Fino). Desta vez as econômicas dez faixas que compõem o disco não ficaram a cargo unicamente do incansável Jaime Além, maestro que acompanha a abelha-rainha há quase três décadas. À procura de novas sonoridades, Bethânia entregou a diferentes convidados os arranjos de cada faixa. O resultado aproxima ‘Oásis’ de outro álbum da cantora. Em 1983, quando o som dos teclados eletrônicos impregnava e pasteurizava a produção da música popular brasileira, Maria Bethânia lançou ‘Ciclo’. Produzido por Guto Graça Mello, o disco totalmente acústico surpreendeu a todos. Bethânia vinha de discos campeões de vendagens como ‘Álib...
Um canto para organizar meus textos sobre MPB, seus compositores e cantores.