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Mostrando postagens de março, 2012

Sons acústicos e mágoas compõem o Oásis de Bethânia

Um das definições de oásis é todo recanto que oferece calma, repouso. Sob o olhar de Maria Bethânia, a pequena região em que a presença da água permite o surgimento de vegetação e os passantes se refrescam transforma-se no árido sertão nordestino, como entrega a foto de Gringo Cardia que ilustra a capa do novo CD da intérprete, ‘Oásis de Bethânia’ (gravadora Biscoito Fino). Desta vez as econômicas dez faixas que compõem o disco não ficaram a cargo unicamente do incansável Jaime Além, maestro que acompanha a abelha-rainha há quase três décadas. À procura de novas sonoridades, Bethânia entregou a diferentes convidados os arranjos de cada faixa. O resultado aproxima ‘Oásis’ de outro álbum da cantora. Em 1983, quando o som dos teclados eletrônicos impregnava e pasteurizava a produção da música popular brasileira, Maria Bethânia lançou ‘Ciclo’. Produzido por Guto Graça Mello, o disco totalmente acústico surpreendeu a todos. Bethânia vinha de discos campeões de vendagens como ‘Álib...

Biografia de Pixinguinha é uma verdadeira viagem iconográfica

Poucos artistas brasileiros roçaram a unanimidade como Pixinguinha. Um dos expoentes da chamada música popular brasileira e do choro, gênero musical genuinamente carioca, Alfredo da Rocha Viana Filho (1897 – 1973) é amado por gerações de compatriotas. Com certeza, um amor incondicional pelo compositor de ‘Carinhoso’ pautou a escrita de ‘Pixinguinha, o gênio e o tempo’. Editado pela Casa da Palavra, com patrocínio do NOS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro, o livro é de autoria de André Diniz – escritor, historiador e chefe da representação do Ministério da Cultura no Rio de Janeiro e Espírito Santo. A linguagem pop recorrente em outras publicações de André, como os Almanaques do Samba, do Choro e do Carnaval, está lá, norteando a abordagem panorâmica da vida e obra do biografado. A história segue sem maiores percalços (e novidades), muitas vezes recorrendo a outros livros sobre Pixinguinha – principalmente à...

Novo álbum de Línox, 'Me gustan las posibilidades', traz pop atraente

Chega a ser surpreendente a delicadeza de ‘Me gustan las posibilidades’ (Arterial Music/ Rob Digital), terceiro disco do cantor e compositor Línox.  Gravado em apenas seis dias, o álbum apresenta letras sutis que falam da vida e dos relacionamentos amorosos com inteligência que as distanciam das lamúrias radiofônicas contemporâneas. Formada por banjo (Línox/ Felipe Pinaud), contrabaixo (Lancaster) e acordeom (Humberto Barros), a base instrumental confere atraente sonoridade folk as onze faixas produzidas por Plínio Profeta e Lancaster. O resultado é um pop vigoroso alicerçado na poesia de Línox e, claro, na qualidade excepcional dos músicos participantes. Canção de ares circenses, a sedutora ‘Crendice’ sintetiza intenções do título: “O que se pode, o que ser quer/ E o que não pode então já é/ Um jeito de acontecer”. A guitarra de Felipe Pinaud cria uma atmosfera road movie em ‘Até aqui’ (Línox) e ‘Palavras chaves’ (Línox/ Lancaster). Curiosamente a outrora instrumental ‘A...