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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Beth Carvalho volta aos palcos

foto: http://sescrionoitescariocas.com.br/ “Voltei, aqui é meu lugar...”. Após um ano e meio fora de cena por problemas de saúde, Beth Carvalho escolheu o clássico samba de embalo de Oswaldo Nunes (que ela misturou a ‘Bom dia, Portela’, sucesso de Elza Soares) para marcar seu retorno aos palcos. Mas o lugar de Beth certamente não é o Píer Mauá, onde a sambista se apresentou encerrando o evento ‘Noites Cariocas’. O ambiente descolado do Armazém 4 não atraiu o público mais fiel da cantora, que, talvez por isso, tenha optado por um repertório conhecidíssimo, incluindo sucessos de outros artistas como ‘Trem das onze’ (Adoniran Barbosa) e ‘Deixa a vida me levar (Serginho Meriti/ Eri do Cais). Festejando além do retorno, 45 anos de carreira calcada em ótima discografia, Beth Carvalho poderia ter feito um volta triunfal, mas se limitou a fazer o feijão-com-arroz, jogando para a galera. Reconhecida por sua capacidade de pescar pérolas nos pagodes da vida e por lançar novos sambistas, sendo...

Outros clássicos de Beto Guedes

Beto Guedes gravou seu primeiro DVD em 2001 durante as comemorações do seu cinqüentenário. O artista mineiro interpretou seus sucessos ao lado de Milton Nascimento (‘Amor de índio’), Tavinho Moura (‘Cantar’), Lô Borges (‘Feira moderna’), Toni Garrido (‘Pedras rolando’) e Jota Quest (‘O sal da terra’) no show que originou o DVD ‘Beto Guedes – 50 anos’, lançado quatro anos depois. Agora Beto apresenta ‘Outros clássicos’ (Biscoito Fino), registro audiovisual do show realizado no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, em julho de 2010. Atento à interatividade proporcionada pela Internet, que vem mudando a relação entre artista e público de forma irreversível, Beto Guedes viu as dezessete músicas que compõem o roteiro serem escolhidas a partir de votação realizadas entre seus fãs. “Tivemos essa idéia de deixar os fãs escolherem, pedindo que privilegiassem o chamado ‘lado b’”, explica Guedes no release. Canções como ‘Tudo em você’ (Beto Guedes/ Ronaldo Bastos), ‘Veveco, panelas e canelas’ (Mi...

Rita Ribeiro: Uma voz que precisa ser (mais) ouvida

Na noite de sexta-feira, 11 de fevereiro, Rita Ribeiro subiu ao palco do Vivo Rio para comemorar os sete anos de Tecnomacumba, vitorioso projeto que mistura sons afro-brasileiros e música eletrônica. Acompanhada por Israel Dantas (direção musical e guitarra), Lucio Vieira (programação eletrônica e bateria), Alexandre Katatau (contrabaixo e vocais), Pedro Milman (tecladista) e Paulo He-Man (percussão), a cantora maranhense fez a gira girar mais uma vez. Os arranjos, azeitados, conseguem dar novo colorido a números chaves como ‘Jurema’ (domínio público/ adaptação Rita Ribeiro), ‘Moça bonita’ (Jair Amorim/ Evaldo Gouveia) e ‘Iansã’ (Caetano Veloso/ Gilberto Gil). A perfomance de Rita na canção dos baianos é tão impactante que provoca uma verdadeira comoção na legião de seguidores que lotou a casa de shows. Um público heterogêneo, com a cara da diversidade sociocultural do século XXI, que fez do local uma festa, com direito a coreografias e momentos que beiram o transe coletivo. Tudo...

Guinga e Mônica Salmaso em recital personalíssimo

Presença bissexta nos palcos cariocas, Mônica Salmaso se apresentou no Teatro Rival Petrobras nos dias 9 e 10 de fevereiro. Acompanhada por Guinga, a cantora se debruçou sobre o repertório do compositor e violonista, numa prévia do que será seu próximo álbum. Mônica pretende gravar este ano um disco com as parcerias de Guinga e Paulo César Pinheiro. “Um projeto como esse vale uma carreira inteira”, pontuou a cantora na noite de estreia que começou com três belas parcerias da dupla: ‘Bolero de Satã’, ‘Noturna’ e ‘Fonte abandonada’. Desde que lançou seu primeiro CD, ‘Afro sambas’, com as míticas composições de Baden Powell e Vinicius de Moraes, em 1995, Mônica constrói uma carreira peculiar. Sendo mais cantora do que intérprete, com timbre singular, técnica apurada e canto sensível, ela vem se dedicando a um repertório refinado e têm optado por regravações e, como Ella Fitzgerald e Gal Costa (mas sem o balanço delas), songbooks. Sua afinação precisa e natural conquistou uma pa...

Emílio Santiago: A sofisticação de um cantor popular

Emílio Santiago (foto: Rita Villani) Em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil até o dia 20 deste mês, a série musical ‘Com você perto de mim’ traz, a cada semana, um artista brasileiro acompanhado por um ou dois músicos, num clima bem intimista. Atração da terceira semana, Emílio Santiago selecionou um repertório quase irretocável conquistando o público que lotou a platéia do pequeno Teatro III na sexta-feira (04 de fevereiro). Acompanhado pelos músicos Adriano Souza (piano) e Humberto Mirabelli (violão), Emílio destilou elegância em clássicos como ‘Fim de noite’ (Chico Feitosa/ Ronaldo Bôscoli), ‘O que é amar’ (Johnny Alf) e ‘Se é tarde me perdoa’ (Carlos Lyra/ Vinicius de Moraes). Em excelente forma vocal, valorizou a menos conhecida ‘O nosso olhar’ (Sérgio Ricardo). Muito à vontade no palco, Emílio interagiu com o público, relembrando passagens de sua carreira, iniciada na década de 1970, quando chegou às finais do concurso de calouros do programa Flávio Cavalcan...

Os muitos caminhos musicais de Fafá de Belém

Em temporada iniciada no dia 27 de janeiro, Fafá de Belém está em cartaz no Teatro Rival Petrobras até amanhã, com show baseado no CD ‘Piano & Voz’, lançado em 2002.  Acompanhada pelo pianista João Rebouças, a cantora, em plena forma vocal, apresenta um roteiro que entrelaça canções de Chico Buarque, Aldir Blanc, Michael Sullivan e Paulo Massadas, criando um mosaico de sucessos reunidos em 36 anos de carreira.  A segunda noite do espetáculo, que tinha como convidado especial o grupo de samba ‘Casuarina’, começou com o bolero ‘Foi assim’ (Paulo André/ Ruy Barata), hit do disco Água (1977) e a seminal ‘Tamba-tajá’ (Waldermar Henrique), faixa que deu nome ao primeiro álbum, lançando em 1976.  No bloco de canções buarqueanas Fafá recorre à velha dramaticidade em ‘Minha história’ e ‘Gota d’água’. Exercita sedução marota em ‘Sob medida’, acerta na interpretação sem excessos de ‘Olhos nos olhos’ e soa teatral em ‘Tanto mar’, pretexto para as falas sobre Portugal, país ond...