O Globo deste domingo, 9 de janeiro de 2011, trouxe matéria sobre a revitalização do dial carioca. Entre os motivos apresentados para a volta da audiência está o enfraquecimento do jabá – prática que envolve o pagamento de dinheiro em troca de favores (no caso a execução de músicas), presente em vários segmentos da sociedade brasileira, mas que ficou atrelada ao rádio. A década de 1990 é identificada como o período-auge de tal procedimento, quando o público teria se afastado por causa da má qualidade das programações.
Nesta mesma época a JB FM destacou-se ao dosar música nacional e estrangeira, sempre realçando a produção nativa. Grandes nomes da chamada MPB lado a lado com Adriana Calcanhotto, Ana Carolina, Cássia Eller, Chico César, Jorge Vercillo, Paulinho Moska, Rita Ribeiro, Zeca Baleiro e Zélia Duncan, entre outros jovens artistas lançados pela rádio carioca.
Nesta mesma época a JB FM destacou-se ao dosar música nacional e estrangeira, sempre realçando a produção nativa. Grandes nomes da chamada MPB lado a lado com Adriana Calcanhotto, Ana Carolina, Cássia Eller, Chico César, Jorge Vercillo, Paulinho Moska, Rita Ribeiro, Zeca Baleiro e Zélia Duncan, entre outros jovens artistas lançados pela rádio carioca.
Pelo programa Couvert Artístico, ainda hoje no ar, passaram nomes como Elba Ramalho, Djavan, Zezé Motta, Leny Andrade e Simone. No mítico estúdio de pedra do sétimo andar do prédio do Jornal do Brasil Alcione cantou pela primeira vez numa rádio do segmento adulto contemporâneo. A Marrom deitou e rolou num repertório especialmente feito para a ocasião, que incluía 'Overjoyed', de Stevie Wonder. O sucesso foi tamanho que a cantora teve que incluir a música em seu disco seguinte.
As festas de aniversário da JB FM fizeram história a partir de 1995 quando Maria Bethânia apresentou Cássia Eller, Zélia Duncan e Adriana Calcanhotto. Diva e novatas encerram o show cantando ‘As cantoras do rádio’, número eternizado por Carmen e Aurora Miranda. No ano seguinte foi a vez de Gilberto Gil dividir o palco com Arnaldo Antunes, Chico César e Paulinho Moska. Neste show o baiano lançou 'Pela internet', samba que dialoga com o seminal 'Pelo telefone', de Donga e Mauro de Almeida.
Gal Costa e Djavan se apresentaram juntos em 1997, num show inesquecível, com direito a sucessos como 'Pétala' e 'Açaí'. No bis, ‘A felicidade’, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.
As festas de aniversário da JB FM fizeram história a partir de 1995 quando Maria Bethânia apresentou Cássia Eller, Zélia Duncan e Adriana Calcanhotto. Diva e novatas encerram o show cantando ‘As cantoras do rádio’, número eternizado por Carmen e Aurora Miranda. No ano seguinte foi a vez de Gilberto Gil dividir o palco com Arnaldo Antunes, Chico César e Paulinho Moska. Neste show o baiano lançou 'Pela internet', samba que dialoga com o seminal 'Pelo telefone', de Donga e Mauro de Almeida.
Gal Costa e Djavan se apresentaram juntos em 1997, num show inesquecível, com direito a sucessos como 'Pétala' e 'Açaí'. No bis, ‘A felicidade’, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.
A dupla seguinte foi Caetano Veloso e Adriana Calcanhotto. A cantora gaúcha fez bela leitura de 'Muito romântico' e Caetano brilhou ao recriar 'Camisa listrada'. Em 1999, encerrando a década, aconteceu outro encontro inédito: Marisa Monte, Milton Nascimento e Velha Guarda da Portela. ‘Nos bailes da vida’ foi uma das canções interpretadas por eles. A gigantesca casa de espetáculos da Barra da Tijuca, endereço dessas festas, esteve sempre cheia durante todos esses anos, e a audiência da rádio cresceu - há anos a JB FM ocupa o primeiro lugar em seu segmento.
Durante muito tempo o jabá também serviu de desculpa para artistas não tão talentosos que não conseguiam emplacar suas músicas nas emissoras: "Tem que pagar para tocar", diziam aqueles cujos trabalhos eram reprovados nas reuniões de programação.
A criação da internet e de suportes tecnológicos provocaram uma democratização das artes, sobretudo da música e, consequentemente do rádio. Talvez a volta dos ouvintes seja uma evidência de que profissionais de rádios são necessários e não podem ser trocados por qualquer um que simplesmente goste de música – embora esse importante requisito esteja um pouco esquecido atualmente por algumas empresas. Não se pode congelar a programação de uma rádio tocando apenas os medalhões, é preciso um equilíbrio com as novidades que sejam realmente boas. De médico, louco, técnico de futebol - e programador musical - todo mundo tem um pouco.
Durante muito tempo o jabá também serviu de desculpa para artistas não tão talentosos que não conseguiam emplacar suas músicas nas emissoras: "Tem que pagar para tocar", diziam aqueles cujos trabalhos eram reprovados nas reuniões de programação.
A criação da internet e de suportes tecnológicos provocaram uma democratização das artes, sobretudo da música e, consequentemente do rádio. Talvez a volta dos ouvintes seja uma evidência de que profissionais de rádios são necessários e não podem ser trocados por qualquer um que simplesmente goste de música – embora esse importante requisito esteja um pouco esquecido atualmente por algumas empresas. Não se pode congelar a programação de uma rádio tocando apenas os medalhões, é preciso um equilíbrio com as novidades que sejam realmente boas. De médico, louco, técnico de futebol - e programador musical - todo mundo tem um pouco.
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