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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Breque Moderno: intérpretes e sambas de primeira

 Beatriz Faria, Marcos Sacramento e Luís Filipe Lina (foto: Daniel Achedjian)  Quem esteve no Teatro Rival Petrobras na última quarta-feira, 26 de janeiro, para assistir a segunda apresentação de Marcos Sacramento e Soraya Ravenle no show ‘Breque Moderno’, presenciou um desses momentos mágicos que a música proporciona. Um inusitado incidente ocorrido na noite anterior deixou Soraya fora de cena. Na companhia de Luís Filipe de Lima (violão), Rui Alvim (sopros), João Callado (cavaquinho), Paulino Dias (percussão) e Beto Cazes (percussão), Sacramento sacudiu, remexeu, botou a baiana para rodar e tomou para si as rédeas do espetáculo. Especialmente brilhante naquela noite, Marcos fez a platéia sorrir com suas interpretações picantes e bem-humoradas de sambas-choros clássicos como ‘Recenseamento’ (Assis Valente) e de outros menos conhecidos como ‘O relógio lá de casa’, inspirada parceria de Felisberto Martins e um Lupicínio Rodrigues sem dor de cotovelo. As hilárias ‘Águia d...

O (bom) pop superestimado de Marcelo Jeneci

Há pouco mais de uma semana chegou as minhas mãos ‘Feito pra acabar’ (Slap/ Natura Musical), o incensado disco de estreia de Marcelo Jeneci, presente em quase todas as listas de melhores do ano, em 2010. Desde então, tendo como fundo musical as 13 composições do jovem músico paulista, procuro entender o efeito causado na mídia pelo co-autor de ‘Amado’, faixa do CD ‘Sim’, lançado por Vanessa da Mata em 2007. Produzido pelo onipresente Kassin, com arranjo de orquestra e regência do maestro Arthur Verocai, ‘Feito pra acabar’ abusa da atmosfera retrô presente na maioria dos lançamentos da ‘nova’ MPB. Esses novos nomes ensaiam uma aproximação entre a música popular dos anos 1970 (aquela que tocava nas rádios AM e tinha espaço na programação das TVs) com o som da cena índie atual. Mas a aura cool, perseguida por nove entre dez artistas em ascensão, dilui as impressões das composições, tornando difícil sua identificação pelas camadas mais populares. Fã confesso de Marcelo Camelo, Jene...

Ney Matogrosso: O irresistível beijo roubado

Gravado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro na noite de 31 de agosto de 2010, o show ‘Beijo bandido’, de Ney Matogrosso, chega às lojas ainda em janeiro nos formatos CD e DVD. O cantor se apresenta no Vivo Rio em curta temporada que se encerra neste sábado (15), para marcar o lançamento de ‘Beijo bandido ao vivo’. Prestes a completar inacreditáveis 70 anos, o cantor abre o espetáculo com ‘Tango para Tereza’ (Evaldo Gouveia/ Jair Amorim), sucesso de Ângela Maria, cujo repertório gerou o belo ‘Estava escrito’, CD lançado por Ney em 1994. A afinação impecável impressiona logo no primeiro número. Sempre disposto a seduzir – ostentando plumas e paetês ou vestindo terno criado pelo estilista Ocimar Versolato – o artista surgido no início dos anos 70, como vocalista do marcante e efêmero trio ‘Secos e Molhados’, põe em prática todo o seu jogo envolvente ao interpretar canções recorrentes em seu repertório como ‘Segredo’ (Herivelto Martins/ Marino Pinto) e ‘Da cor do pecado’ (Bororó)...

Jabás, músicas e um pouco de história

O Globo deste domingo, 9 de janeiro de 2011, trouxe matéria sobre a revitalização do dial carioca. Entre os motivos apresentados para a volta da audiência está o enfraquecimento do jabá – prática que envolve o pagamento de dinheiro em troca de favores (no caso a execução de músicas), presente em vários segmentos da sociedade brasileira, mas que ficou atrelada ao rádio. A década de 1990 é identificada como o período-auge de tal procedimento, quando o público teria se afastado por causa da má qualidade das programações. Nesta mesma época a JB FM destacou-se ao dosar música nacional e estrangeira, sempre realçando a produção nativa. Grandes nomes da chamada MPB lado a lado com Adriana Calcanhotto, Ana Carolina, Cássia Eller, Chico César, Jorge Vercillo, Paulinho Moska, Rita Ribeiro, Zeca Baleiro e Zélia Duncan, entre outros jovens artistas lançados pela rádio carioca. Pelo programa Couvert Artístico, ainda hoje no ar, passaram nomes como Elba Ramalho, Djavan, Zezé Motta, Leny Andra...

Ivete não avança em DVD gravado em Nova Iorque

Ivete Sangalo lança seu primeiro DVD internacional. Gravado em setembro de 2010 na tradicional casa de espetáculos de Nova Iorque (EUA), ‘Multishow ao vivo – Ivete Sangalo no Madison Square Garden’ (Universal Music) está nas lojas nas versões CD e DVD, com 18 e 22 faixas respectivamente, desde o começo de dezembro passado. As imagens foram captadas pelo diretor norte-americano Nick Wickham, responsável pelos registros de ‘Sticky & sweet tour’, de Madonna, e ‘I am… yours’, de Beyoncé. De olho no mercado internacional Ivete recebeu convidados especiais de diferentes nacionalidades: a canadense Nelly Furtado, o argentino Diego Torres e o colombiano Juanes. O problema é que os duetos não renderam o esperado, embora o encontro com Nelly Furtado em ‘Where it begins’ soe razoável. Com boa visibilidade lá fora, o brazuca Seu Jorge se sai melhor em ‘Pensando em nós dois’ (Samir). Orçada em cinco milhões de dólares, a produção buscou em Londres os figurinos duvidosos. Talvez um estilist...