Fiel ao suingue que lhe rendeu o título de 'rei dos bailes' da Zona Norte e da Baixada Fluminense na segunda metade da década de 1970 e início dos anos 1980, Bebeto lança seu primeiro CD de inéditas em 15 anos.
Redescoberto graças à internet e aos DJs que (re)colocaram ‘Segura a nega’ nas pistas, o paulistano mais carioca da cidade se apresenta às novas gerações com ‘Prazer, eu sou Bebeto’ (gravadora EMI) seu 38º disco, bem produzido pelo cada vez mais requisitado Clemente Magalhães.
Cercado de excelentes músicos como Davi Moraes, Lui Coimbra e Christiaan Oyens, entre outros, Bebeto, 63 anos, atualiza seu balanço em 14 faixas inéditas – a ecológica e visionária ‘Água água’ (Bebeto/ Teodoro) foi lançada há 33 anos no disco ‘Esperanças mil’.
A suingueira começa com ‘Charme’, dos gaúchos Thiago Corrêa e Allan Dias Castro, autores que reaparecem no decorrer do baile onde sol, mulher e futebol são referências. Destaque para o arranjo de metais de Marlon Sette que também defende o trombone nesta e em outras faixas.
O astral continua alto em ‘De bem com a vida’ (Vadinho/ Bebeto) apesar de a realidade carioca ser muito diferente da de trinta anos atrás: “A violência está na pista, cada dia é um na lista”, constata o autor de ‘Praia e sol’.
‘Cara casado’ (Thiago Corrêa/ Allan Dias Castro’ remete a antigos (e irresistíveis) sucessos como ‘Minha preta’ e ‘Neguinho poeta’. Bebeto mostra boa forma vocal, com pinta de bandleader capaz de animar novas festas.
Seguindo a onda do politicamente correto o cantor saúda o continente africano: “Obrigado África pela cor do Brasil”, diz a letra de ‘Herdeiros da raça’ (Bebeto/ Rubens) que não consegue escapar da obviedade.
Na hora do rosto colado as pouco inspiradas ’Valorizando a vida’ (Bebeto/ Flávio Lima/ Mirta Garcia) e ‘Linda’ (Vadinho/ Bebeto) baixam a temperatura da pista.
As parcerias com Mombaça alternam-se entre o balanço contagiante de ‘Buraco Quente’ que não deixa ninguém parado e o meio-termo de ‘Com sotaque do meu samba’ cuja proposta – a mistura de samba-rock e samba-reggae – fica no meio do caminho sem a percussão característica de Pelourinho.
Outro Rei – do Baião – é lembrado em ‘Temporada de caju’ (Bebeto/ Maria de Fátima), quando Bebeto pede licença a Luiz Gonzaga.
A pulsação do baile cai novamente na insólita homenagem a Noel Rosa (1910 – 1937) em ‘Eterno poeta’ (Bebeto/ Rubens/ Dada): “Poeta igual Noel não se encontrará jamais”, decreta.
Redescoberto graças à internet e aos DJs que (re)colocaram ‘Segura a nega’ nas pistas, o paulistano mais carioca da cidade se apresenta às novas gerações com ‘Prazer, eu sou Bebeto’ (gravadora EMI) seu 38º disco, bem produzido pelo cada vez mais requisitado Clemente Magalhães.
Cercado de excelentes músicos como Davi Moraes, Lui Coimbra e Christiaan Oyens, entre outros, Bebeto, 63 anos, atualiza seu balanço em 14 faixas inéditas – a ecológica e visionária ‘Água água’ (Bebeto/ Teodoro) foi lançada há 33 anos no disco ‘Esperanças mil’.
A suingueira começa com ‘Charme’, dos gaúchos Thiago Corrêa e Allan Dias Castro, autores que reaparecem no decorrer do baile onde sol, mulher e futebol são referências. Destaque para o arranjo de metais de Marlon Sette que também defende o trombone nesta e em outras faixas.
O astral continua alto em ‘De bem com a vida’ (Vadinho/ Bebeto) apesar de a realidade carioca ser muito diferente da de trinta anos atrás: “A violência está na pista, cada dia é um na lista”, constata o autor de ‘Praia e sol’.
‘Cara casado’ (Thiago Corrêa/ Allan Dias Castro’ remete a antigos (e irresistíveis) sucessos como ‘Minha preta’ e ‘Neguinho poeta’. Bebeto mostra boa forma vocal, com pinta de bandleader capaz de animar novas festas.
Seguindo a onda do politicamente correto o cantor saúda o continente africano: “Obrigado África pela cor do Brasil”, diz a letra de ‘Herdeiros da raça’ (Bebeto/ Rubens) que não consegue escapar da obviedade.
Na hora do rosto colado as pouco inspiradas ’Valorizando a vida’ (Bebeto/ Flávio Lima/ Mirta Garcia) e ‘Linda’ (Vadinho/ Bebeto) baixam a temperatura da pista.
As parcerias com Mombaça alternam-se entre o balanço contagiante de ‘Buraco Quente’ que não deixa ninguém parado e o meio-termo de ‘Com sotaque do meu samba’ cuja proposta – a mistura de samba-rock e samba-reggae – fica no meio do caminho sem a percussão característica de Pelourinho.
Outro Rei – do Baião – é lembrado em ‘Temporada de caju’ (Bebeto/ Maria de Fátima), quando Bebeto pede licença a Luiz Gonzaga.
A pulsação do baile cai novamente na insólita homenagem a Noel Rosa (1910 – 1937) em ‘Eterno poeta’ (Bebeto/ Rubens/ Dada): “Poeta igual Noel não se encontrará jamais”, decreta.
Outra homenagem, desta vez à mãe, encerra o disco de forma suave, deixando a sensação de que, assim como Jorge Ben Jor (citado na faixa ‘Tudo bem’ onde Thiago Corrêa e Allan Dias Castro emulam as letras descritivas tão características de Jorge), Bebeto é mais legal quando não deixa o balanço de lado.
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