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Mostrando postagens de setembro, 2010

O nome dela é Gal!

Seguindo a busca por tesouros em seu baú, a Universal Music põe nas lojas esta semana a caixa ‘Gal total’ com 15 títulos gravados por Gal Costa na então gravadora Philips/Polygram. Ficaram de fora ‘Tropicália’, ‘Temporada de verão’ e ‘Doces Bárbaros’. Um CD duplo apropriadamente chamado ‘Divina, maravilhosa’, de raridades, completa o lançamento tão aguardado pelos fãs. A maioria dos discos contidos em ‘Gal total’ resistiu (muito) bem ao tempo, talvez ‘Baby Gal’ (1983) – seu último trabalho na Polygram – seja exceção com seus arranjos calcados nos teclados que marcaram a década de 1980. O começo manso, ao lado do amigo de sempre, Caetano Veloso, em ‘Domingo’ (1967) trazia o frescor da jovem de 22 anos, apaixonada pela Bossa Nova e, mais ainda, por João Gilberto, em faixas como ‘Coração vagabundo’ (Caetano Veloso) e ‘Candeias’ (Edu Lobo). Em 1969 sai ‘Gal Costa’, de ‘Divino maravilhoso’ (Caetano Veloso/Gilberto Gil), ‘Baby’ (Caetano Veloso), ‘Não identificado’ (Caetano Veloso) e ‘Que...

A música de Baia

Figura conhecida no circuito alternativo carioca nas duas últimas décadas, Maurício Baia revê sua carreira no CD/DVD ‘Baia no Circo’ (Som Livre) gravado em dezembro do ano passado no Circo Voador, onde o cantor e compositor faz show de lançamento nesta sexta-feira [17.09.2010]. Acompanhado pelos músicos Carlos Sales (bateria), Wlad (baixo), Caesar Barbosa (guitarra), Pedro Augusto (teclados), Rodrigo Sha (sax/ flauta), Leandro Joaquim (trompete/ flugel) e Shilon (guitarra), Baia dá seu recado alternando-se no violão, guitarra e gaita, no show dirigido por Luis Carlinhos. Destaca-se a influência de Raul Seixas na música do conterrâneo menos famoso. A sociedade alternativa anunciada/divulgada pelo Maluco Beleza está presente na inédita 'Em nome da fome' (Baia/ André Gardel) e 'Bicho homem' (Baia/ Xina) – e em muitas outras das 22 músicas apresentadas naquela noite. O roteiro engloba a produção fonográfica do artista iniciada em 1991, quando formou o grupo ‘Baia & Rock...

A Dama da Paixão

No momento em que lança o DVD gravado ao vivo no Maranhão, baseado no seu mais recente CD, "Acesa", e comemora 38 anos de carreira, Alcione vê o início de sua trajetória ser resgatado pela Universal Music. A gravadora onde a cantora fez seus primeiros registros fonográficos coloca nas lojas o CD "Sabiá Marrom – O samba raro de Alcione" (que já mereceu destaque no blog). Do registro seminal no compacto duplo com 'Figa de Guiné' e 'O sonho acabou' a 'Dama da paixão', faixa escolhida para divulgar o DVD, Alcione caminhou de maneira sentimental e intuitiva, nos moldes de Elizeth Cardoso, Ângela Maria e Núbia Lafaiette, estrelas que ouvia no rádio ainda na terral natal. Ela resistiu à imposição do limitador rótulo de cantora de samba (quando Clara Nunes e, pouco depois, Beth Carvalho, começavam a se destacar), mas não se afastou do ritmo que lhe deu os primeiros sucessos - 'O surdo' e 'Não deixe o samba morrer'. Porém, em músicas...

A força que nunca seca

Era uma vez a(s) cigarra(s) e a formiga. Enquanto as primeiras levavam a vida a cantar (algumas brilhantemente) a formiga estava sempre trabalhando, construindo. Maria Bethânia subverte a história original de Esopo no recital ‘Bethânia e as Palavras - Leituras’, no palco do Teatro Fashion Mall onde se apresenta de sexta a domingo, nesta e na próxima semana. Como uma operária com asas, ela sobrevoa os sonhos dos poetas, dos compositores e toca o sentimento dos espectadores ao declamar/cantar poemas e canções escolhidos para o espetáculo. Acompanhada pelos músicos Luiz Brasil (violão) e Carlos César (percussão), Bethânia segue um roteiro feito com o auxílio de Hermano Vianna e direção Elias Andreatto. A pré-estreia aconteceu nesta quinta-feira, dois de setembro, para convidados, jornalistas e alunos de colégios públicos cariocas. O projeto começou em Minas, no ano passado, quando a cantora foi convidada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para participar do ciclo de confe...