
Presença rara nos palcos cariocas, Paula Lima se apresentou na noite desta quinta-feira (18 de março) para um Canecão bem vazio. Surgida no início da década como vocalista do grupo Funk Como Le Gusta, a cantora trouxe para o Rio o show 'Samba Chic', com o repertório do DVD homônimo gravado em 2008. 'Quero ver você no baile' (Seu Jorge/ Gabriel Moura) iniciou o que poderia ter sido uma noite de muito suingue e balanço, mas o show não resistiu a falação excessiva da artista em cena. Talvez tentando valorizar a presença do pequeno público, Paula resolveu interagir (excessivamente) com a plateia: Um interminável monólogo precedeu 'É isso aí' (Sidney Miller). Excessivos também são os maneirismos da cantora, que prolonga notas e se descuida da emissão vocal, tornando inaudível boa parte das letras.
O entrosamento da cantora com a boa banda impediu que a noite fosse mais desastrosa, apesar de alguns arranjos equivocados, como o de 'Tirou Onda' (Acyr Marques/ Arlindo Cruz/ Maurição) - o registro em estúdio supera o apresentado no show. Aliás, o CD 'Sinceramente', lançado por Paula em 2006, apontava uma (boa) guinada em sua carreira, com o (momentâneo) corte dos excessos vocais.
Paula Lima é boa cantora, mas precisa repensar alguns pontos, dar maior atenção à preparação vocal, contratar um bom diretor, para, quem sabe assim, lotar o Canecão e muitas outras casas de espetáculo do País.
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