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Mostrando postagens de 2009

Bethânia em tempo de delicadeza

Apesar da fama construída (em parte) pela alta carga dramática de suas apresentações, Maria Bethânia deixou de lado os excessos em ‘Amor, Festa, Devoção’, seu novo show que teve estréia nacional no dia 23 de outubro, no Canecão. Baseado no repertório dos dois álbuns recém-lançados,  ‘Encanteria ’  e  ‘Tua ’, o espetáculo remete a um amoroso Brasil caboclo, “que pode desaparecer ao ser substituído por um progresso vazio”, disse a baiana de Santo Amaro da Purificação. Ela optou por tons mais baixos para cantar o amor que, se já foi arrebatador, hoje se mostra maduro e contido, em novas canções como ‘É o amor outra vez’ (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro) e ‘Tua’ (Adriana Calcanhotto) e mesmo em sucessos alheios, inéditos até então na sua voz, como ‘Queixa’ e ‘Dama do Cassino’, ambas de Caetano Veloso, a última prejudicada pela insegurança da intérprete com o hábil jogo de palavras composto pelo irmão. A ‘festa’ e ‘devoção’ se impõem na primeira metade do show, quando...

O novo show da Cigarra agrada fãs antigos

Simone (foto de Izabella Jacobina) estreou seu novo show, 'Em boa companhia', na noite de 18 de setembro, no Canecão (RJ). Às vésperas de completar 60 anos, a cantora está à vontade, mostrando que deixou de lado certa dramaticidade que chegou a pontuar antigas apresentações. Simone brincou com a nova idade ("vou fazer sessentinha, quem vai cuidar de mim?") ao citar o patrocinador do show. Tamanha descontração faz imperceptível a direção de José Possi Neto. Acompanhada de uma excelente banda, Simone desfia um coerente repertório, baseado no recém-lançado CD 'Na Veia', relembra antigos sucessos como 'Face a face' (Sueli Costa e Cacaso), 'Elegia' (Péricles Cavalcanti e Augusto de Campos) e 'Tô que tô' (Kleiton e Kledir) - que abre o espetáculo - e surpreende o público com 'Perigosa' (Rita Lee, Roberto de Carvalho e Nelson Motta) e a singela versão do frevo 'Chuva, suor e cerveja' (Caetano Veloso) que poderia realmente en...

Mar e Sol

Depois de meses de exotismo indiano o telespectador pode, finalmente, relaxar com as belíssimas locações do primeiro capítulo de 'Viver a vida', embaladas por Gal Costa, Tom, Miúcha e Chico - boas trilhas sonoras costumam ser uma das marcas das novelas de Manoel Carlos. Alguns personagens pareceram bem caricatos, caso de Luciana (Aline Moraes), infantilóide, e Tereza (Lilia Cabral), amarga demais. Por falar em caricatura, mais uma vez veremos a história de gêmeos - sempre tão opostos. Tem o gaiato, mas esperto, e o educado, porém paspalho. Matheus Solano vai ter que rebolar para dar veracidade a Miguel e Jorge. Sobretudo ao contracenar com a péssima Bárbara Paz - que nunca deveria ter saído da 'Casa dos Artístas'. José Mayer está confortável em seu retorno ao papel de galã (depois de interpretar um maluco beleza constrangedor na finada 'A Favorita'). Taís Araújo convence como a primeira Helena - negra e jovem - optando por uma atuação naturalista, mas pode melho...

Alcione: Ares renovados pelo samba

Dois anos após 'De tudo que eu gosto', Alcione está de volta com 'Acesa', seu 34º disco. O romantismo despudorado que pontua seu repertório há duas décadas está presente logo na primeira faixa, 'Eu não domino essa paixão', parceria menos inspirada de Neneo e Paulinho Resende - este, um dos autores de 'Menino sem juízo', gravada pela Marrom em 1979. Telma Tavares e Roque Ferreira se saem melhor na faixa-título, escolhida para puxar o CD nas rádios. Felizmente o samba está mais presente neste novo trabalho. 'O sono dos justos' (Marcus Lima, Márcio Proença e Rodrigo Sestrem), a bela 'Eternas Madrugadas' (Fred Camacho e Cassiano Andrade) e 'Sinuca de bico' (Claudemir, Élcio do Pagode e Serginho Meriti) dão pistas de como seria um disco da cantora dedicado ao mais carioca dos ritmos. 'Nair Grande' (Telma Tavares e Paulo César Feital) - que homenageia lendária personagem da Estação Primeira de Mangueira e o partido 'A ca...

Chovia lá fora...

Quando, ontem à noite, Roberto Carlos parou seu calhambeque no palco montado no gramado do Maracanã não imaginou que, mais tarde, quase precisaria de uma balsa. A forte chuva fez com que vários fãs que estavam na área VIP e nas cadeiras azuis saíssem no meio da apresentação do cantor procurando abrigo. Alguns chegaram a ir embora. O show fez parte das comemorações dos 50 anos de carreira de Roberto, e o repertório deixou os súditos felizes (apesar de molhados). Músicas como 'Do fundo do meu coração', 'Proposta' e 'Cavalgada' foram cantandas por 70 mil pessoas. Erasmo Carlos e Wanderléa participaram do momento mais nostálgico da noite, lembrando a Jovem Guarda. Nem o som ruim - das cadeiras azuis não se ouvia os comentários que o Rei fazia entre uma canção e outra, nem a falta de educação de bombeiros e funcionários da limpeza do estádio - que falavam alto e respondiam agressivamente a qualquer reclamação, tiraram a magia da noite. Principalmente para minha mãe, ...

Uma Noite Incrível

SP - A primeira das celebrações especiais dos 50 anos de carreira de Roberto Carlos, terça-feira, no Teatro Municipal de São Paulo, foi marcada pela descontração. A eclética lista de cantoras não fez feio, mas algumas convidadas se destacaram. Caso de Hebe Camargo, que abriu a noite com ‘Você Não Sabe’ e mereceu aplausos entusiasmados da plateia. A apresentadora impressionou ainda pelo brilho das joias. O repertório essencialmente romântico do Rei foi prato cheio para as cantoras mais passionais. Se Alcione deu seu recado com interpretação intensa do sucesso ‘Sua Estupidez’, Fafá de Belém arrebatou com ‘Desabafo’. Arrasadora. Nana Caymmi foi calorosamente aplaudida em ‘Não se esqueça de Mim’, assim como Ana Carolina, que usou sua potência vocal nos versos finais — ‘Por isso essa voz tamanha!” — de ‘Força Estranha’. Zizi Possi fez linda e classuda versão de 'Proposta', mas o dueto com a filha, Luiza, em ‘Cancione Per Te’ não funcionou. Marília Pêra, aparentemente deslocada na l...

O Rei e Suas Súditas*

Musas de várias épocas e estilos da música brasileira se encontrarão no palco do Teatro Municipal de São Paulo, hoje, a partir das 21h, para reverenciar o Rei. ‘Elas Cantam Roberto’ é o primeiro evento especial da série de homenagens a Roberto Carlos pelos 50 anos de carreira, do projeto ItaúBrasil, e vai virar CD e DVD. No próximo domingo, o show será exibido pela Globo, depois do ‘Fantástico’. A lista de cantoras é grande e representativa: Adriana Calcanhotto, Alcione, Ana Carolina, Celine Imbert, Claudia Leitte, Daniela Mercury, Fafá de Belém, Fernanda Abreu, Hebe Camargo, Ivete Sangalo, Luiza Possi, Marília Pêra, Marina Lima, Mart’nália, Nana Caymmi, Paula Toller, Rosemary, Sandy, Wanderlea e Zizi Possi — mulheres de todos os cantos apaixonadas por aquelas canções do Roberto. “Algumas músicas que eu fiz são abertamente inspiradas na obra dele, como ‘Ruas de Outono’, diz Ana Carolina. “Sou uma ouvinte, uma fã. Suas canções fazem parte do repertório brasileiro”, derrama-se Nana C...

Vale a Pena Ouvir de Novo*

Antigos sucessos da MPB estão de volta graças às trilhas sonoras das novelas globais. Muitos fizeram parte de outras produções da própria emissora. ‘Caminho das Índias’ é campeã no quesito ‘vale a pena ouvir de novo’. Músicas como ‘Feliz’, de Gonzaguinha, e ‘Amor Meu Grande Amor’, de Angela Ro Ro, presentes na trilha do folhetim, já embalaram personagens das novelas ‘Eu Prometo’ (1984) e ‘Água Viva’ (1980), respectivamente. “É engraçado porque é um fonograma de 30 anos, mas a novela tem muitas gravações originais”, argumenta Ro Ro. A cantora gosta dessa nostalgia. “Não é maravilhoso ouvir Gonzaguinha? Não conseguiríamos resgatá-lo se a trilha fosse apenas de músicas atuais”, acredita. A autora Glória Perez também não se importa. “Música boa não tem idade. As músicas são escolhidas em função da história que está sendo contada. O tema de amor, por exemplo, deve expressar o sentimento do par romântico”, ensina Glória. As canções que embalam os sonhos das mocinhas Dafne (Flávia Ales...

O dono do enredo

Neto de cavaquinista e filho de compositor, Gusttavo Clarão é um verdadeiro fenômeno no mundo do samba. Nos últimos 20 anos, o moço venceu nada menos do que 14 disputas de sambas de enredo — é dele o elogiado samba que, ao receber nota máxima de todos os julgadores, ajudou uma desacreditada Mangueira a voltar no desfile das campeãs nesse Carnaval. “O samba, a bateria e o casal de mestre-sala e porta-bandeira levaram a escola”, diz, com modéstia, Gusttavo, que se prepara para gravar seu primeiro disco solo. Conhecido entre os sambistas pelo cavaquinho luxuoso e pelas concorridas rodas que comanda, o niteroiense formado em medicina resolveu seguir os conselhos de bambas como Arlindo Cruz e Leandro Sapucahy, recrutado para produzir o CD. “É o momento dele, tenho ouvido suas composições, ele escreve muito bem. É um artista pronto”, elogia Sapucahy com a autoridade de quem produziu os vitoriosos álbuns de Arlindo e Maria Rita. “Mas não vou largar o Carnaval”, avisa Gusttavo que também b...

Os Paralamas do Sucesso

‘Nós somos cada vez mais nós mesmos. Um pouco mais calvos e pelancudos, mas continuamos sendo os Paralamas”, brinca Herbert Vianna sobre o trio formado por ele, Bi Ribeiro e João Barone há 26 anos.Essa identidade da banda pode ser conferida no novo CD ‘Brasil Afora’ — trabalho onde os músicos retomam a alegria e muito da mistura de ritmos que marcaram a carreira do grupo. Gravado no estúdio de Carlinhos Brown, em Salvador, o alegre ‘Brasil Afora’ contrasta com CDs como ‘Longo Caminho’ e ‘Hoje’, lançados após o acidente de ultraleve sofrido por Herbert em 2001. “Eram mais soturnos, densos e davam a impressão de que estávamos nos debatendo ainda”, diz Barone. A primeira música, ‘A lhe Esperar’ (Liminha e Arnaldo Antunes), lançada há um mês, está entre as mais tocadas nas rádios. “Achamos muito legal, já abrimos mão de escolher a música de trabalho. Muitas vezes fizemos questão: ‘Cagaço’ (de 1994), por exemplo, foi um fracasso, mas a gente queria que fosse aquela música”, diverte-se...

O samba de Moacyr

O compositor Moacyr Luz se cercou de ilustres convidados para dividir com ele a maioria das 12 faixas inéditas que compõem seu novo CD, ‘Batucando’. “Não queria nomear, mas queria que soubessem que este disco era pelos meus 50 anos (feitos em abril de 2008)”, diz Moacyr que faz show de lançamento hoje e amanhã, no Teatro Rival, às 19h30. O sambista não foi modesto e reuniu um time de peso: Alcione, Beth Carvalho, Ivan Lins, Luiz Melodia, Martinho da Vila, Mart'nália, Tantinho da Mangueira, Wilson das Neves e Zeca Pagodinho. “Eu me preparei muito para fazer este disco, fiz com a ousadia de que as músicas fossem eternas, que pudessem entrar no cancioneiro, que a rádio tocasse. As participações deixaram mais fortes estas possibilidades”, acredita. No show, ele mostra parcerias com Aldir Blanc (‘Samba Pro Geraldo’ e ‘Clareou’), Hermínio Bello de Carvalho (‘Daquela Mulher’, ‘Banguelas’ e ‘Meu Nego’) e Sereno (‘Vida da Minha Vida’, ‘A Natureza Chora’ e ‘Beleza em Diamante’), entre outro...

Deixa a Vida Me Levar

Andando pelas quebradas dessa vida — e sendo levado por ela — eis que o malandro chega aos 50 anos. Jessé Gomes da Silva Filho, o Zeca Pagodinho (na foto, crédito: Adriana Lins/ Henrique Pontual), nasceu no dia 4 de fevereiro de 1959, pelas mãos de uma parteira, no subúrbio de Irajá. Cedo trocou as salas de aula pelas rodas de samba e ralou como feirante, camelô e anotador de jogo do bicho até ser descoberto nas rodas do Cacique de Ramos. “Quando era novo, uma pessoa com 50 anos era considerada velha. Hoje, nessa idade, as pessoas estão se casando de novo, fazendo filho, é outra história”, diz Zeca, que sai hoje da clínica São José, onde está desde a semana passada por causa de uma pneumonia. “Se ficasse em casa acabaria tomando uma gelada, aqui me trato direito. Quero sair daqui tinindo”, diz ele, que cura também uma bronquite. Foi na juventude que o futuro Pagodinho (o apelido veio da ‘ala do pagodinho’, onde desfilava no bloco Bohêmios de Irajá) se tornou amigo de Mauro Diniz, Almir...

O padre galã*

Se o Papa é pop, a música católica embala cada vez mais consumidores, não importando sua fé. Na cola do sucesso de padre Fábio, artistas religiosos vão do rock à axé-music. Cantoras como Celina Borges e Adriana são veneradas e já ganham até o público internacional. O fenômeno padre Fábio de Melo não pára de crescer. Depois de vender mais de 600 mil cópias do recente CD, ‘Vida’ — seus 11 discos ultrapassaram 1,2 milhão de cópias — e gravar seu primeiro DVD, ‘Eu e o Tempo’, em um Canecão lotado de fiéis, em janeiro, ele chegará ao horário nobre da casa de shows. Para o lançamento do DVD, em abril, serão quatro apresentações, de quinta a domingo. “Também emplacamos a música ‘Vida’ (regravação de Fábio Jr.) na trilha sonora da próxima novela das sete, ‘Caras e Bocas’”, antecipa o produtor Líber Gadelha, presidente da gravadora LGK Music. “O que diferencia padre Fábio dos outros é seu discurso mais jovial. Não é revolucionário, mas fala a língua dos jovens. E canta”, diz Líber Gadelha. ...

Outros rumos depois da casa

Primeiro vencedor a levar R$ 1 milhão, na quinta edição do Big Brother Brasil' (até então o prêmio era de R$ 500 mil), Jean Wyllys não deitou nos louros da fama. Além das aulas na ESPM, ele se prepara para lançar o terceiro livro, 'Tudo Ao Mesmo Tempo Agora', e estréia na direção de 'Três Meninas do Brasil', projeto que reúne as cantoras Rita Ribeiro, Jussara Silveira e Teresa Cristina e que acaba de sair em CD e DVD. "Tive experiências informais lá na Bahia. Conheço bem a música popular brasileira", diz Jean que, apesar de elogios, não pensa em seguir a carreira de diretor. "Sou jornalista, quero e gosto de escrever. Quero fazer como (o poeta) Waly Salomão, seguir sem muita preocupação de definir nada, faço porque gosto". O convite veio da amiga, Rita Ribeiro, de quem já havia digirido o clipe da música 'Aceito Seu Coração'. "Encontrei-a em uma festa de Iemanjá, na praia de Copacabana. Não resisti e me apresentei. Depois, quan...

Melhor é Viver Cantando

Nascido no subúrbio nos melhores dias, o sambista João Nogueira fundou o Clube do Samba na casa onde morava, no Méier. Batiam ponto nas memoráveis reuniões de sábado artistas como Martinho da Vila, Roberto Ribeiro e Clara Nunes. Este ano, o Clube que chegou a ter sede (alugada) na Barra na década de 80, comemora 30 anos — sempre sob o comando da família Nogueira. “Meu pai queria muito a sede do Clube, realizar projetos sociais. Acho que vou viver como ele viveu, para conseguir a sede. Se depender de mim o Clube não vai acabar nunca”, afirma a advogada Clarisse Nogueira, que entrou com processo administrativo na Prefeitura da cidade em busca de uma sede. Um ano após sua fundação o Clube virou bloco, desfilando na Avenida Rio Branco e, atualmente, na Avenida Atlântica. “O bloco sempre foi a menina dos olhos do João, ele se divertia”, lembra Ângela Nogueira, viúva do sambista e presidente do Clube do Samba. “Foi a maneira que encontrei para manter sua obra”, diz. Semana passada, o ...

Meu Tempo é Hoje

Quando Elza Soares subir ao palco do teatro Rival hoje à noite, na estréia do show 'Sapeca da Breca' (em cartaz até sábado, às 19h30), o público verá uma mulher apaixonada. Muito apaixonada, como ela faz questão de frisar. "Madonna me copiou, mas não tem problema. Antes dela fazer, eu fiz. O mineiro é meu", diz. O mineiro em questão não é Jesus Luz — modelo que a diva loura conheceu em sua passagem pela cidade — e sim, Bruno Luccidi, o jovem de 26 anos que tomou de assalto o coração de Elza. "Estamos juntos há alguns meses. Bruno é muito lindo, é músico, produtor, administrador de empresas, veio consertar uma vida errada de Elza", derrama-se a cantora, de 71 anos, que conheceu o rapaz durante um show em Itabira. Essa felicidade estará no espetáculo de logo mais. "Meu pai me chamava de 'sapeca da breca'. Continuo sendo, né?", brinca a mulata assanhada que troca de roupa no palco. "Troco os três figurinos. Espero que as pessoas estejam p...

Atrás do Trio Elétrico*

A menos de dois meses do Carnaval, os ensaios técnicos na Marquês de Sapucaí e nas quadras das escolas de samba bombam e os blocos de rua se preparam. Mas existe uma turma de foliões que foge da batucada carioca, preferindo o agito baiano, embalados pelos trios elétricos. “Se você for sozinho vai encontrar muito carioca por lá”, diz o comerciante Roberto Alves, 32 anos, apaixonado pelo Carnaval da Bahia. Para ele, falta a organização na folia do Rio. “Fiquei aqui em 2008 e detestei”, conta o moço que participou de sua primeira micareta (Carnaval fora de época) em 1996, em Belo Horizonte. “Tenho uns cem abadás”, gaba-se Roberto, que já garantiu mais alguns para este ano. Outro carioca, Rodrigo Carvalho, 28 anos, começou a pagar pelos abadás em março do ano passado. “Vou para Salvador há quatro anos seguidos. O clima é ótimo, não é pesado como nas raves”, compara ele, que dividirá um apartamento com 14 amigos durante a folia dos trios. “O mais requisitado é o Me Abraça, o abadá cu...