
Fim de ano é boa desculpa para se fazer balanço de tudo de bom, ruim, relevante ou nem tanto que aconteceu nos últimos 12 meses. Na música, aniversários, comemorações, grandes encontros e atrações internacionais de peso fizeram a trilha sonora de 2008.
O pancadão do funk na velocidade cinco do MC Créu, do início do ano, foi substituído pela sutileza do banquinho e violão nas inúmeras homenagens aos 50 anos da Bossa Nova, contados a partir do lançamento do disco ‘Canção do Amor Demais’, de Elizeth Cardoso — com a famosa batida do violão de João Gilberto nas faixas ‘Chega de Saudade’ e ‘Outra vez’. As principais foram o encontro de Roberto Carlos e Caetano Veloso (lançado em CD e DVD) e as apresentações do próprio João Gilberto que voltou a cantar no Rio após 14 anos, em show histórico no Theatro Municipal.
Maria Bethânia também pisou no palco do teatro, pela primeira vez, com o show ‘Brasileirinho’. A diva baiana ainda recebeu o prêmio Shell de Música. Pela primeira vez, a premiação, criada em 1981, foi dada a uma intérprete — até 2007 o regulamento era restrito a compositores.
O ex-Hermano Marcelo Camelo lançou seu primeiro disco solo, ‘Sou’. No repertório, ‘Janta’ — com a participação de Mallu Magalhães, que virou namorada do músico, causando discussões fervorosas por causa da diferença de idade, ela com 16, ele com 30. Prodígio do cenário ‘indie’ paulistano, Mallu lançou seu primeiro disco, com 14 canções em inglês. “Tenho ótimas visões de 2009. São muitos os projetos diferentes que quero fazer, CD inovador a gravar, peças, quadros, poemas e tudo mais”, diz Mallu. Mesmo sem os dois falarem sobre a relação, ela escolhe o disco do namorado como o melhor do ano. O produtor musical Rafael Ramos faz coro: “Dentro do marasmo do cenário musical brasileiro, a ousadia do disco do Camelo fez a diferença.”
Duas estrelas internacionais comemoraram meia década de vida.Enquanto Michel Jackson se distancia do trono, Madonna mantém cetro e coroa do pop, como os fãs brasileiros puderam conferir na passagem da turnê ‘Sticky & Sweet’ por aqui. “O melhor show deste ano foi o dela. Não tem jeito, Madonna é Madonna”, resume o DJ Zé Pedro.
Também bateram ponto Maroon 5, Offspring, R.E.M., Diana Krall, Charles Aznavour e os ressuscitados Duran Duran e Queen. Se as baixas do The Gossip e Paul Weller no Tim Festival decepcionaram, o show do grupo Gogol Bordello deixou saudades. “O carisma dos caras é insuperável. Animam até o enterro do ente mais querido”, diz Rafael.
O pancadão do funk na velocidade cinco do MC Créu, do início do ano, foi substituído pela sutileza do banquinho e violão nas inúmeras homenagens aos 50 anos da Bossa Nova, contados a partir do lançamento do disco ‘Canção do Amor Demais’, de Elizeth Cardoso — com a famosa batida do violão de João Gilberto nas faixas ‘Chega de Saudade’ e ‘Outra vez’. As principais foram o encontro de Roberto Carlos e Caetano Veloso (lançado em CD e DVD) e as apresentações do próprio João Gilberto que voltou a cantar no Rio após 14 anos, em show histórico no Theatro Municipal.
Maria Bethânia também pisou no palco do teatro, pela primeira vez, com o show ‘Brasileirinho’. A diva baiana ainda recebeu o prêmio Shell de Música. Pela primeira vez, a premiação, criada em 1981, foi dada a uma intérprete — até 2007 o regulamento era restrito a compositores.
O ex-Hermano Marcelo Camelo lançou seu primeiro disco solo, ‘Sou’. No repertório, ‘Janta’ — com a participação de Mallu Magalhães, que virou namorada do músico, causando discussões fervorosas por causa da diferença de idade, ela com 16, ele com 30. Prodígio do cenário ‘indie’ paulistano, Mallu lançou seu primeiro disco, com 14 canções em inglês. “Tenho ótimas visões de 2009. São muitos os projetos diferentes que quero fazer, CD inovador a gravar, peças, quadros, poemas e tudo mais”, diz Mallu. Mesmo sem os dois falarem sobre a relação, ela escolhe o disco do namorado como o melhor do ano. O produtor musical Rafael Ramos faz coro: “Dentro do marasmo do cenário musical brasileiro, a ousadia do disco do Camelo fez a diferença.”
Duas estrelas internacionais comemoraram meia década de vida.Enquanto Michel Jackson se distancia do trono, Madonna mantém cetro e coroa do pop, como os fãs brasileiros puderam conferir na passagem da turnê ‘Sticky & Sweet’ por aqui. “O melhor show deste ano foi o dela. Não tem jeito, Madonna é Madonna”, resume o DJ Zé Pedro.
Também bateram ponto Maroon 5, Offspring, R.E.M., Diana Krall, Charles Aznavour e os ressuscitados Duran Duran e Queen. Se as baixas do The Gossip e Paul Weller no Tim Festival decepcionaram, o show do grupo Gogol Bordello deixou saudades. “O carisma dos caras é insuperável. Animam até o enterro do ente mais querido”, diz Rafael.
Samba de Fato
A voz do samba falou mais alto num ano de batucadasO samba carioca foi uma das estrelas de 2008. Marisa Monte lançou ‘Mistério do Samba’, documentário feito com a Velha Guarda da Portela, com direito a show emocionante no Circo Voador, quando Monarco reapareceu depois de grave doença. Os novos trabalhos de Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho caíram na boca do povo. “O samba me deu muitas alegrias, fui indicado para quase todos os prêmios de música, gravei meu segundo DVD, agora pela MTV, com as participações do Zeca, Beth Carvalho e do Marcelo D2”, festeja Arlindo, autor do sucesso ‘Meu Lugar’.
Depois do elogiado ‘Menino do Rio’, Mart’nália bisou o sucesso no novo ‘Madrugada’. “Ela captou o descontraído espírito carioca num disco de repertório irretocável e com um suingue que mistura o samba com leves toques de soul”, atesta o colunista de O DIA Mauro Ferreira.
Adriana Calcanhotto e O Rappa também voltaram à cena com novos trabalhos. Enquanto a gaúcha foi saudada pelo disco e show ‘Maré’, o sétimo CD d’O Rappa decepcionou alguns. “Depois de cinco anos sem lançar material inédito, o grupo voltou com um disco confuso e irregular que sinaliza que, sim, Marcelo Yuka faz falta”, diz Mauro.
Além de Dorival Caymmi, a música popular brasileira perdeu Jamelão, Waldick Soriano e o sambista Luiz Carlos da Vila, dono dos versos: “E a gente vai ser feliz/ Olha nós outra vez no ar/ O show tem que continuar...”. Viva 2009!
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