
"Comigo não tem nenhum tipo de imposição. Senão não faço nada e vou para a praia. Se disser que não pode aí é que eu vou querer fazer”, avisa Mart’nália (foto João Laet) durante a entrevista para lançar o CD ‘Madrugada’, na bela casa do Humaitá, sede da gravadora Biscoito Fino.
Depois do vitorioso ‘Menino do Rio’, CD produzido por Maria Bethânia, a filha de Martinho da Vila não se preocupa com possíveis comparações em relação ao novo trabalho. “A cobrança que existe é em relação aos cuidados com a voz, uma cobrança mais carinhosa. Se tinha outra, já esqueci”, diz ela, que lança o disco dia 26 de setembro, no Vivo Rio.
'Madrugada’ vem reforçar o conhecido lado notívago da carioca que adora praia (“na Vinicius, na barraca do Paulo Roberto”), de onde não sai antes de anoitecer. “Posso chegar cedo, mas só saio depois de bater palmas para o pôr-do-sol. Volto para casa, durmo e acordo com vontade de ir para a rua de novo à meia-noite, uma hora da manhã”, conta.
Ela sabe que tais hábitos não são comuns entre cantoras como Maria Bethânia, com quem trabalhou. “Bethânia gosta de colocar a voz no disco de manhã e acho que é legal por conta do descanso, mas às vezes não estou descansada, porque gosto da madrugada mesmo”, entrega Mart’nália, que voltou ao estúdio para refazer algumas vozes do CD por sugestão da baiana. “Volta e faz de manhã cedo”, sentenciou Bethânia.
Os ouvidos exigentes têm outras preocupações. “Tenho muito mais cuidado com o som, ritmo, esse meu lado de músico. Cuido para caramba, até me atrapalha quando vou cantar e esqueço das letras, porque estou preocupada com o som. A música me vem mais através dos sons que das palavras".
A idéia de unir samba ao soul e à black music foi testada no começo do ano, no show ‘Sambacharme’. “Fizemos baile charme no Morro da Urca e colocamos o Dafé para cantar. Ninguém conhecia o Dafé. ‘Tem alguma coisa errada’, pensei. Então não fomos tão radicais quanto eu queria no CD”, revela. “O disco ‘Pé do meu samba’ era para ser de samba-canção, acabou caminhando para outro lado. ‘Menino do Rio’ era um disco de samba de roda, acabou tendo um só”, avalia.
Mart’nália não tem preconceitos musicais. “Já fui parar numa festa bate-estacas. Foi ruim à beça, mas eu fui, tem que conhecer”, diz, divertida. As quadras das escolas estão na lista de lugares freqüentados. “Quando começa o samba vou à Vila, que é a minha escola, à Mangueira, ao Salgueiro, ao Império Serrano”, lista. “Quero ir à Beija-Flor e à União da Ilha, que é uma escola que quero conhecer”, promete.
Em Vila Isabel, os points vão além da nova quadra (que será inaugurada na quinta-feira, com show de Zeca Pagodinho). “Gosto do chope do Petisco da Vila, do boteco do outro lado da rua, tem o Bar do Costa e o Varandão, na (rua) Teodoro da Silva”. O roteiro extrapola o bairro de Noel. “Tem as praias de Niterói, Piratininga, Itaipuaçu. Gosto de tudo quanto é praia. Mas nada na Barra. Barra só serve depois que você passa dela”, ri.
Ela também gosta de prestigiar as colegas cantoras, de preferência no último dia das temporadas. “Dá para ficar mais um pouquinho com elas, aprender mais alguma coisa. Daí rola um Cervantes, Fiorentina. Vou indo, indo, onde parar, parou”.
Unanimidade entre os colegas, Mart’nália deixou vários compositores de peso fora de ‘Madrugada’. “Pedi para Marisa Monte, fiquei de ir buscar, não fui. Tinha um CD com músicas inéditas da Adriana Calcanhotto que ela mandou no ano passado. Perdi. Fiquei com vergonha de dizer quando a encontrei. Pedi pro Caetano, ZD (Zélia Duncan) mandou umas letras que eu não consegui pegar”, entrega.
Nana Caymmi, a quem o disco é dedicado, faria participação no clássico ‘Tom Maior’, de Martinho da Vila. “Meu pai fez a música para meu irmão. Minha mãe cantava, era a canção de ninar lá de casa, então resolvi chamar a Nana, afinal ela tem a maior canção de ninar do mundo”, diz, lembrando ‘Acalanto’, feita por Dorival Caymmi (morto este mês) para a filha. Mas Nana não gravou por causa dos problemas de saúde dos pais.
A versão de ‘Don’t Worry, Be Happy’, sucesso de Bobby McFerrin, vai virar trilha de ‘Três Irmãs’, próxima novela das 19h. “‘Cabide’ (de ‘Paraíso Tropical’) deu a maior visibilidade. Consegui viajar muito por causa da novela”.
Depois do vitorioso ‘Menino do Rio’, CD produzido por Maria Bethânia, a filha de Martinho da Vila não se preocupa com possíveis comparações em relação ao novo trabalho. “A cobrança que existe é em relação aos cuidados com a voz, uma cobrança mais carinhosa. Se tinha outra, já esqueci”, diz ela, que lança o disco dia 26 de setembro, no Vivo Rio.
'Madrugada’ vem reforçar o conhecido lado notívago da carioca que adora praia (“na Vinicius, na barraca do Paulo Roberto”), de onde não sai antes de anoitecer. “Posso chegar cedo, mas só saio depois de bater palmas para o pôr-do-sol. Volto para casa, durmo e acordo com vontade de ir para a rua de novo à meia-noite, uma hora da manhã”, conta.
Ela sabe que tais hábitos não são comuns entre cantoras como Maria Bethânia, com quem trabalhou. “Bethânia gosta de colocar a voz no disco de manhã e acho que é legal por conta do descanso, mas às vezes não estou descansada, porque gosto da madrugada mesmo”, entrega Mart’nália, que voltou ao estúdio para refazer algumas vozes do CD por sugestão da baiana. “Volta e faz de manhã cedo”, sentenciou Bethânia.
Os ouvidos exigentes têm outras preocupações. “Tenho muito mais cuidado com o som, ritmo, esse meu lado de músico. Cuido para caramba, até me atrapalha quando vou cantar e esqueço das letras, porque estou preocupada com o som. A música me vem mais através dos sons que das palavras".
A idéia de unir samba ao soul e à black music foi testada no começo do ano, no show ‘Sambacharme’. “Fizemos baile charme no Morro da Urca e colocamos o Dafé para cantar. Ninguém conhecia o Dafé. ‘Tem alguma coisa errada’, pensei. Então não fomos tão radicais quanto eu queria no CD”, revela. “O disco ‘Pé do meu samba’ era para ser de samba-canção, acabou caminhando para outro lado. ‘Menino do Rio’ era um disco de samba de roda, acabou tendo um só”, avalia.
Mart’nália não tem preconceitos musicais. “Já fui parar numa festa bate-estacas. Foi ruim à beça, mas eu fui, tem que conhecer”, diz, divertida. As quadras das escolas estão na lista de lugares freqüentados. “Quando começa o samba vou à Vila, que é a minha escola, à Mangueira, ao Salgueiro, ao Império Serrano”, lista. “Quero ir à Beija-Flor e à União da Ilha, que é uma escola que quero conhecer”, promete.
Em Vila Isabel, os points vão além da nova quadra (que será inaugurada na quinta-feira, com show de Zeca Pagodinho). “Gosto do chope do Petisco da Vila, do boteco do outro lado da rua, tem o Bar do Costa e o Varandão, na (rua) Teodoro da Silva”. O roteiro extrapola o bairro de Noel. “Tem as praias de Niterói, Piratininga, Itaipuaçu. Gosto de tudo quanto é praia. Mas nada na Barra. Barra só serve depois que você passa dela”, ri.
Ela também gosta de prestigiar as colegas cantoras, de preferência no último dia das temporadas. “Dá para ficar mais um pouquinho com elas, aprender mais alguma coisa. Daí rola um Cervantes, Fiorentina. Vou indo, indo, onde parar, parou”.
Unanimidade entre os colegas, Mart’nália deixou vários compositores de peso fora de ‘Madrugada’. “Pedi para Marisa Monte, fiquei de ir buscar, não fui. Tinha um CD com músicas inéditas da Adriana Calcanhotto que ela mandou no ano passado. Perdi. Fiquei com vergonha de dizer quando a encontrei. Pedi pro Caetano, ZD (Zélia Duncan) mandou umas letras que eu não consegui pegar”, entrega.
Nana Caymmi, a quem o disco é dedicado, faria participação no clássico ‘Tom Maior’, de Martinho da Vila. “Meu pai fez a música para meu irmão. Minha mãe cantava, era a canção de ninar lá de casa, então resolvi chamar a Nana, afinal ela tem a maior canção de ninar do mundo”, diz, lembrando ‘Acalanto’, feita por Dorival Caymmi (morto este mês) para a filha. Mas Nana não gravou por causa dos problemas de saúde dos pais.
A versão de ‘Don’t Worry, Be Happy’, sucesso de Bobby McFerrin, vai virar trilha de ‘Três Irmãs’, próxima novela das 19h. “‘Cabide’ (de ‘Paraíso Tropical’) deu a maior visibilidade. Consegui viajar muito por causa da novela”.
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